Eduardo Ramos (Cuiabá-MT)
Eduardo Ramos (Cuiabá-MT)

Na segunda-feira (27/08) à noite, a Série C do Campeonato Brasileiro conheceu todos os seus semifinalistas e, consequentemente, as 4 equipes que conquistaram o acesso à Série B para a próxima temporada.

Inevitavelmente, os assuntos relacionados às estratégias e planejamento do Clube do Remo acabam voltando à tona, especialmente pela qualidade e tradição das equipes que obtiveram sucesso: como no caso de Operário (PR) e Cuiabá (MT), que passaram com certa facilidade pelo mata-mata, derrotando Santa Cruz (PE) e Atlético (AC), respectivamente. Bragantino (SP) e Botafogo (SP) completaram o quarteto das equipes que foram agraciadas com a ascensão, superando Náutico (PE) e Botafogo (PB).

O que mais chamou atenção dentre os clubes, além da forma de jogar, foi a construção dos elencos. Desde uma base construída com até 2 temporadas de antecedência, como nos casos de Bragantino (SP) e Operário (PR), até contratações específicas em jogadores de qualidade, como fizeram Cuiabá (MT) e Botafogo (SP), as explicações por mais um ano perdido no Brasileirão para os azulinos ficam evidentes. Confira a seguir:

Plantel

Diferentemente do Remo, que manteve apenas 6 atletas remanescentes da temporada 2017, dos quais somente 3 foram titulares absolutos, fazendo com que uma reconstrução de elenco fosse viabilizada, times como Bragantino (SP) e Operário (PR) mantiveram quase 50% do grupo do ano anterior. Alguns jogadores que subiram com o time paranaense estavam em campo contra o Remo, em 2015, quando o Leão saiu da Série D.

Comando

Se a ausência de uma estrutura em campo foi um dos pontos fracos do Remo em 2018, à beira dos gramados não seria diferente. Com 4 técnicos em 8 meses, a falta de um profissional imponente e conhecedor das adversidades locais prejudicou o time. Somente Netão, na reta final, conseguiu dar jeito.

Todos os times que conquistaram o acesso, por exemplo, contam com os seus respectivos treinadores há um bom tempo na função: Itamar Schülle (Cuiabá-MT) começou a temporada com o time mato-grossense; Léo Condé chegou ao Botafogo (SP) no final de 2017; Marcelo Veiga está há mais de 1 ano comandando o Bragantino (SP); e, por fim, o técnico Gerson Gusmão, o mais longevo dentre todas as Séries do Brasileirão, com mais de 2 anos e meio na função no Operário (PR).

Qualidade

Em momentos decisivos pela Série C, o Remo até fazia boas partidas, mas que deixou o resultado escapar pela falta de capricho individual, a presença de um jogador de qualidade pesou muito na balança, uma vez que o elenco azulino foi composto por profissionais extremamente medíocres.

Das equipes que subiram, por exemplo, nenhuma contou com elencos extravagantes, mas tinham no grupo alguns jogadores diferenciados, como no caso da dupla de ataque do Botafogo (SP), formada por Caio, artilheiro do certame com 11 gols, e o ex-azulino Pimentinha, que exerce a função de “motorzinho”.

Outro que também teve destaque entre os times que subiram foi o meia Eduardo Ramos, que é artilheiro do Cuiabá (MT) com 7 gols, ao lado de Marino. Vale destacar que Pimentinha e Eduardo Ramos, que atuaram juntos pelo Remo em 2017, foram preteridos pela atual Diretoria de Futebol do Remo para fazer parte novamente do time azulino.

Diário do Pará, 29/08/2018

3 COMENTÁRIOS

  1. Se erros servissem para ensinar nossas diretorias nós já estaríamos disputando a taça libertadores há décadas.

  2. É muito simples comentar o resultado de um projeto depois de executado: se der certo você faz as conexões com aquilo que foi planejado e afirma que “por isso deu certo”; se der errado é só fazer as mesmas conexões e aí atesta o erro. Sobre a troca de treinadores, talvez a própria imprensa consiga explicar porque não conseguimos manter um treinador e esperar que produza os resultados. Depois do terceiro jogo sem vitória, todos os meios de comunicação começam o coro de que “o treinador está com o cargo ameaçado”. Concordo que manter uma base é sempre salutar, o problema é que quando se é eliminado, como manter a base até janeiro do próximo ano? Jogando no interior do Estado? Citar como erro a rejeição de jogadores como Eduardo Ramos e Pimentinha me parece um delírio. Procuremos os noticiários quando se cogitou a recontratação de Pimentinha e veremos que até se pensou em fazer essa bobagem, mas o Givanildo impediu. E o Eduardo Ramos, o que fez na última série C? A própria imprensa disse que já havia acabado seu ciclo no Remo. Precisamos entender que a série C é muito equilibrada, sobretudo na Chave A. Se o Remo tivesse ganho em Belém o jogo contra o Botafogo (PB) teria entrado na próxima fase e aí tudo poderia ter sido diferente. Se eu fosse Presidente do Remo convidaria toda a imprensa local para participar do planejamento do próximo ano.

  3. Eduardo Ramos e Pimentinha com suas indisciplinas praticamente “defecaram” sobre o Remo e ainda mereciam ficar mesmo desmoralizando, desrespeitando e contrabando o ja difícil ambiente do clube? Não. Nao tinham mais motivação para ficar e nem o Remo merecia a sacanagem que esses “profissionais” fizeram com o Remo, apesar das boas contribuições de ER nos primeiros anos. Fez isso em outros clubes também. Se tiveram sorte e boas atuações em outros clubes, isso é comum no futebol. No Remo, não deverism estar mais mesmo.

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