Em uma semana marcada pela greve dos jogadores por conta de atraso salarial, o Remo já vive novos ares. O bloqueio das rendas de bilheteria, que vinha sendo praticado desde 2015 para pagamento de dívidas trabalhistas, foi suspenso e o clube poderá voltar a contar com a totalidade da arrecadação com a venda de ingressos para pagar despesas das partidas e outros débitos, como, por exemplo, folha salarial.
O clube vinha sofrendo com o bloqueio em sua principal fonte de verba por conta de sucessivas falhas com pagamento de parcelas referentes às dívidas trabalhistas. Em 2015, uma decisão da 13ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região determinou o bloqueio automático como forma de evitar “calotes”.
A medida, porém, foi finalizada pelo TRT porque o clube conseguiu fazer acordo com todo o montante devedor. Através do Projeto Conciliar, o Leão assumiu a responsabilidade de quitar 11 parcelas de R$ 70 mil e, em seguida, outras 30 de R$ 40 mil para poder sanar os acordos. Além disso, pagará R$ 2,66 milhões pelos próximos 3 anos em cima de patrocínios.
“Essa é uma nova fase do Remo. Voltaremos a contar com a bilheteria e pagaremos o salário de julho, que venceu no dia 10/08, por volta do dia 20/08, já contando com a ajuda da nossa torcida”, falou o diretor Milton Campos. No dia 20/08, o Leão receberá o Botafogo (PB), às 18h, no Mangueirão, em Belém. “As coisas vão melhorar”, frisou Campos.
Vale destacar que ações recentes como do técnico Josué Teixeira, do zagueiro Lucas Matheus, do volante Marquinhos e do auxiliar-técnico Márcio Roberto ainda não foram julgadas e podem “engrossar” o saldo devedor.
Portal ORM, 11/08/2017