Como era previsto, os dois técnicos vieram com mudanças na equipe para o primeiro Clássico Rei da Amazônia. Pelo Remo, o treinador Josué Teixeira colocou Val Barreto no ataque, no lugar de Jayme. Enquanto no time bicolor, Marcelo Chamusca apostou em Daniel Sobralense na vaga de Diogo Oliveira no meio de campo. Melhor para o azulino, que saiu com a vitória sobre o maior rival.
Com a entrada de Val Barreto, o Leão conseguia prender os dois zagueiros em cima do atacante, o que não ocorreria com Jayme, que é velocista e atua pelos lados de campo. Outra boa sacada de Josué Teixeira foi colocar Edgar nas costas de Ayrton, já que o lateral tem dificuldade na marcação e não ganhou uma do artilheiro do jogo. Tanto é que os gols saíram nas costas de Ayrton, que vai ter pesadelos com o atacante remista.
Além disso, Tsunami jogou “com sangue nos olhos” e fechou bem o espaço pela esquerda, deixando Jaquinha com muita liberdade para subir. Ele ficou ainda mais livre quando Josué colocou Caio Ribeiro e botou Jaquinha como meia. Tanto que o camisa 6 do Leão foi o responsável pelo passe para Edgar marcar o gol da vitória.
O Paysandu foi em um esquema com 5 homens no meio-campo, mas Daniel Sobralense não conseguiu criar. Além disso, ele jogava bem distante dos volantes, deixando um buraco no meio bicolor. Porém, este espaço entre ataque e meio foi bem ocupado pelo volante Rodrigo Andrade, que se destacou e foi premiado com um gol de fora da área, que foi a forma encontrada para oferecer perigo à meta azulina, assim como as bolas paradas.
Com 3 volantes, Chamusca conseguiu parar Flamel por alguns minutos, principalmente com Wesley, que chegava bem na marcação do meia remista. Com Flamel marcado, o treinador bicolor, então, segurou Ayrton na defesa e dobrou a marcação em cima de Edgar, para tentar frear um pouco o atacante do Leão.
A entrada de Diogo Oliveira no lugar de Sobralense fez o Paysandu crescer, já que Diogo dava mais mobilidade ao meio-campo bicolor, mas quando Rodrigo Andrade foi expulso, a coisa começou a desandar, com o Remo tendo campo para jogar, até a entrada de Capanema e mudança na postura da equipe que jogou com todos os homens atrás do meio de campo, buscando um contra-ataque que não veio. Foi quando o Leão Azul teve a chance com Edgar e matou a partida, já nos acréscimos, levando os 3 pontos para os lados do Baenão.
Diário do Pará, 13/02/2017
