Nada une mais um grupo que o sofrimento. Elenco e comissão técnica do Remo sofreram as mesmas humilhações no protesto de torcedores e foram levados à cumplicidade pela reação, que aconteceu em Aracaju (SE). O time foi muito valente e superou as limitações para conter o ímpeto do Confiança (SE) e conquistar uma vitória preciosa, pelos 3 pontos e pelo fôlego moral.
Mesmo longe de um padrão de jogo, o Remo vai fazendo a sua competitividade pela superação, enquanto não se estabiliza taticamente. Já foi um ótimo sinal. Pelo distanciamento dos setores, o time ainda extrapola nos erros de passe e há uma flagrante desconexão na estrutura tática. Corrigir urgentemente essa deficiência é o grande desafio de Josué Teixeira, para qualificar as transições defensiva e ofensiva.
A forma como o time está jogando, com muitos chutões, sacrifica os atacantes, principalmente Nino Guerreiro, sempre muito isolado, e não permite a posse de bola no campo do adversário. Por isso, tanto sufoco!
Para vencer o líder CSA (AL), sábado (10/06), no Mangueirão, o Leão terá que mostrar progresso tático, com mais consistência e maior contundência. Missão para Josué, nos treinamentos.
[colored_box color=”yellow”]Foi admirável o esforço de Eduardo Ramos para jogar os mais de 90 minutos contra o Confiança (SE), depois de 2 meses em tratamento médico, repouso e alguns treinamentos. Teve grande importância. Se levar os treinos a sério como levou o jogo, logo estará em forma.
Léo Rosa foi a decepção. Voltou muito discreto, bem diferente de Igor João, que foi um guerreiro. Tsunami, gigante! Gerson deixa a desejar na marcação, mas ataca com competência.[/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 07/06/2017
