Os processos trabalhistas provenientes da gestão de André Cavalcante não param de crescer. Agora foi a vez de Fernando Henrique cobrar R$ 400 mil do Remo por conta, segundo ele, do não pagamento de alguns meses de salários, incluindo 13º, férias e demais encargos, como o depósito irregular e parcial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).
Filipe Rino, advogado do goleiro, ainda alega demissão sem justa causa e o não cumprimento de um acordo, onde o jogador teria aberto mão de mais de 50% dos valores devidos.
Fernando Henrique atuou com a camisa do Remo por 2 temporadas consecutivas, inicialmente recebendo salários de R$ 20 mil, depois tendo reajustes programados para R$ 25 mil e R$ 30 mil.
“Ele ficou um longo período sem receber os salários e foi demitido 30 dias antes do término do contrato. O clube propôs um acordo e não foi efetuado o pagamento deste acordo. Neste acordo, ele já tinha aberto mão de mais de 50% do que o clube devia desde o primeiro contrato. Ainda tem o deposito irregular do FGTS e, por isso, ingressamos com uma ação”, adiantou Rino.
O próximo passo, segundo o advogado de Fernando Henrique, é apresentar ao TRT uma planilha de cálculos, com a demonstração detalhada dos números mostrados no processo. Tal procedimento é um pré-requisito da Justiça paraense. Rino acredita em uma conciliação judicial entre as partes.
“Precisamos apresentar uma planilha de cálculos, pois é um requisito do TRT do Pará no processo. Fatalmente, o Remo poderá buscar uma conciliação judicial. É bom ressaltar e isso é um pedido do Fernando, que por várias vezes ele tentou acordo amigavelmente e não conseguiu. Nem resposta teve. Por isso, não restou alternativa se não entrar com a ação”, explicou.
De igual modo a Fernando Henrique, o goleiro Douglas Borges, o zagueiro Max, os laterais Wellington Saci e João Victor Severino, os atacantes Fernandinho e Luiz Carlos “Imperador”, entre outros, também acionaram a Justiça.
Pablo Coimbra, advogado do Remo, informou que o clube ainda não foi notificado.
“É difícil falar de processos antes do Remo ser notificado, pois não temos conhecimento ainda do que está sendo cobrado. Assim que o clube receber a notificação, teremos conhecimento integral da reclamatória e poderemos falar. É importante frisar, que não somente nesse caso do Fernando Henrique, mas em todos, o Remo sempre está aberto a acordos”, disse Coimbra.
Globo Esporte.com, 13/06/2017
