Nino Guerreiro, Ronny e Marcelo Labarthe
Nino Guerreiro, Ronny e Marcelo Labarthe

Um time desarrumado e limitado, que esteja unido e engajado, sempre tem possibilidade de se encaixar, crescer e, à médio prazo, atingir objetivos. Essa é a esperança dos remistas para esta Série C, mesmo com time causando verdadeiro pavor neste começo de campeonato.

Josué Teixeira vive seus piores dias no Leão, cobrado pelas limitações de jogadores que avalizou, a ponto de alguns serem dispensados depois de 3 rodadas, além da desorganização do time. Josué paga o preço da ampla e repentina reforma do time, mas o mau começo não significa que tudo esteja perdido.

O “linchamento” do técnico e jogadores não resolve. Pelo contrário, eleva a tensão e prejudica o trabalho. O Remo erra na insistência em buscar soluções mágicas, sem dar tempo ao tempo. Foi nessa busca nada inteligente que trocou 9 das 11 peças para formar um novo time em plena Série C.

Agora apela para dispensas e outras contratações com maior investimento: um zagueiro, um volante e um atacante. Vejamos o nível desses atletas. Como as finanças azulinas dependem muito da bilheteria, os resultados não só decidem a pontuação como as rendas para bancar salários. Assim sendo, ou o time decola ou o Remo afunda em uma multiplicação de problemas.

[colored_box color=”yellow”]Sob total desconfiança, o Leão encara o Confiança (SE), em Aracaju (SE), segunda-feira (05/06), no que será o reencontro dos irmãos Ronny e Tito. Digo “seria” porque Ronny é um dos dispensados pelo Leão. O atacante Tito, do time sergipano, foi eleito melhor jogador do Estadual, onde Ronny era reserva.

Além dele, Danilinho também está sendo dispensado. Dois meias que vieram no recente pacote de contratações. Kaio Wilker vai ser melhor avaliado. Daniel Damião e Mikael permanecem no elenco por argumentação do técnico Josué Teixeira. O Remo está em busca de um zagueiro canhoto, um volante que funcione como ponto de equilíbrio para a equipe e um goleador.[/colored_box]

Qual é o maior destaque do Remo na Série C? É a torcida, que canta, encanta e sofre? Ou é o goleiro Vinícius, que vai colecionando milagres? A torcida canta incessantemente para um time que está muito longe de jogar por música. Justamente por isso, Vinícius vem sendo figura tão providencial e justificando a opção de Josué Teixeira, apesar da boa cotação de André Luis nas competições regionais.

[colored_box color=”yellow”]Ao se reapresentar, Eduardo Ramos “jurou” que será um profissional comprometido com a causa do Remo. Se cumprir, ganham ele e o clube. Se não cumprir, ele perde mais que o Remo, se desvalorizando mais ainda no mercado, ao final do contrato, em novembro.[/colored_box]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 30/05/2017