Oliveira Canindé
Oliveira Canindé

O Remo faz uma aposta de risco calculado ao trocar Josué Teixeira por Oliveira Canindé. A opção significa um reabrir de portas ao futebol nordestino exatamente quando o time luta contra 8 clubes daquela região na fase classificatória da Série C.

Se buscava um “expert” em Nordeste, o Leão acertou em cheio. Cearense de nascimento, o novo técnico construiu toda a sua carreira dirigindo clubes daquele pedaço do Brasil.

Canindé traz boas credenciais. Campeão da Série D 2010 com o Guarany de Sobral (CE), ganhou a Copa do Nordeste 2013 com o Campinense (PB), comandou boa campanha do América (RN) na Copa do Brasil 2014 e conquistou o acesso à Série C com o CSA (AL) no ano passado, ficando com o vice-campeonato.

O novo técnico, que chega na tarde desta terça-feira (13/06), tem perfil que se assemelha ao de Josué quanto aos clubes que treinou, quase todos de porte médio. É conhecido como disciplinador e afeito a aproveitar jogadores caseiros. Seus times são conhecidos pela marcação forte e rapidez na transição – exatamente como Josué tentou e não conseguiu no Remo.

Em disponibilidade desde que saiu do CSA (AL), Canindé chegou a um entendimento rápido com a diretoria do Remo, em conversas telefônicas mantidas ao longo do domingo (11/06). Ele não era a primeira opção dos azulinos, mas se encaixou nas condições estabelecidas pelo clube. Antes, os azulinos chegaram a sondar Fernando Diniz, descartado pelo salário alto.

No Remo, Canindé terá desafios a vencer em curtíssimo prazo. Definir um plano de jogo é o maior deles, a partir de mudanças pontuais no time. Além disso, precisa vencer a desconfiança da torcida, que não conhece o seu trabalho e vai exigir – como de hábito – resultados imediatos.

Oliveira Canindé revelou que já acompanhava os jogos do Remo na Série C e conhece alguns atletas, o que certamente ajudará na preparação do time para o importante jogo com o Botafogo (PB) na segunda-feira, 19/06.

Por fim, além do trabalho de campo, Canindé terá que ser hábil para caminhar no verdadeiro campo minado que é o Remo. É bom lembrar que os constantes focos de incêndio foram determinantes para o desgaste de Josué Teixeira junto aos dirigentes.

Blog do Gerson Nogueira, 13/06/2017