Quando Waldemar Lemos treinou o Remo com o campo demarcado com linhas de orientação ao sistema de marcação, voltado para a compactação do time, alguns tentaram ridicularizar o recurso de treinamento.
No jogo contra o Fortaleza (CE), o time mostrou não só aplicação tática como também uma bravura incomum. Em vez de bola rifada rumo à área, passes e jogadas conscientes. Não foi nada empolgante, mas alentador, por conta da liderança e da educação tática proporcionadas pelo treinador, que rapidamente ganhou a adesão de todos às suas ideias no Baenão.
A mudança de conduta do time ainda não é garantia de nada, mas é indicativo de crescimento no campeonato. Se emplacar a cumplicidade buscada por Waldemar Lemos, o Remo deverá se agigantar no campeonato.
Vejamos qual será a do Leão no sábado (16/07), contra o América (RN), em Natal (RN). Confirmação ou negação da evolução? O que veremos? A certeza, agora, é de um ambiente muito favorável ao trabalho do comandante e dos comandados.
Na primeira semana de Waldemar Lemos no Remo, oportunidade para os preteridos por Marcelo Veiga. Magno e Edicleber jogaram em Salgueiro (PE). Tsunami foi chamado para o banco, Júnior Miranda (atacante da base) testado nos treinamentos, Hériclis entre os titulares, Lucas Garcia reaparecendo e Marcinho entrando para ficar.
[colored_box color=”yellow”][one_half last=”no”]Márcio Antônio de Souza Junior, goiano, 21 anos, formado nas bases do Atlético (GO), Goiás (GO), Vila Nova (GO), Ponte Preta (SP) e Corinthians (SP), veio iniciar a carreira profissional no Leão Azul. Marcinho está em Belém há 4 meses. Jogou as partidas contra São Raimundo, Paysandu, Vasco (RJ) e foi muito importante contra o Fortaleza (CE), não só pelo passe para o gol da vitória, marcado por Edno, mas pela ampla contribuição na marcação e na ligação de jogadas. Vigor físico de sobra em meio aos “trintões” azulinos. Marcinho está vinculado até novembro, ganhando R$ 5 mil por mês.[/one_half][one_half last=”yes”]Caricato até então, Ciro pode dizer que reestreou no Remo. O atacante, que começou arrasador e logo murchou, vinha irritando a torcida com atuações pífias. No dia-a-dia, isolava-se dos colegas, manifestando problemas psicológicos. Parecia ter perdido o prazer em jogar futebol. Contra o Fortaleza (CE), mostrou-se feliz e muito disposto. Absorveu bem o ânimo injetado por Waldemar Lemos.[/one_half][/colored_box]
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 12/07/2016