O Remo começou bem o jogo, pressionando o Paysandu e encaixando contra-ataques precisos, apesar da ausência de laterais de ofício. A postura era muito similar a da partida contra o Vasco (RJ), na semana passada. Novamente, o resultado terminou não sendo favorável ao Leão, na noite desta quarta-feira (20/04), no jogo de ida da semifinal da Copa Verde. Na entrevista coletiva ao fim do jogo, o treinador remista lamentou a falta de opções do elenco.
“Acho que na primeira etapa o time se portou muito bem. A gente tinha um planejamento e executaram com grandiosidade. Na segunda etapa, facilitamos para o Paysandu conseguir o resultado. As peças para um jogo como esse a gente não tinha, como as laterais, por exemplo”, lamentou Marcelo Veiga.
“Levamos um gol em que o Paysandu se aproveitou disso. Se a gente tivesse o Levy ou o João Victor, a chegada seria outra e também poderia ganhar o Marco (Goiano) ali na frente, mas foi desse jeito. Agora é corrigir os erros para que não aconteçam no sábado (23/04), até porque é decisão. Eles conseguiram a vantagem e temos que reverter”, analisou.
É a segunda partida consecutiva em que o técnico azulino é obrigado a improvisar nas laterais. Contra o Vasco (RJ), Ítalo foi improvisado na esquerda e o volante Yuri – depois Alisson – na direita. Dessa vez, o técnico deixou o zagueiro na direita, colocando o meia Marco Goiano no setor canhoto. A tendência é as improvisações sejam mantidas para a próxima partida, a não ser por um “milagre”.
“Vamos orar muito. A gente sabe que é necessário ter ao menos uma opção de beirada. Acho que é difícil ter o Levy, mas João Victor pode ser que aconteça. A gente não tem uma noção agora, mas vamos ver o que podemos fazer para surpreender o Paysandu no sábado”, brincou Veiga.
Apesar da derrota, Marcelo Veiga viu pontos positivos na atuação da equipe e exaltou a mudança de postura dos jogadores desde que chegou ao Baenão.
“Uma coisa é perder para um time melhor que o seu, outra coisa é perder para os seus próprios erros. Quero que os jogadores tenham essa consciência, de que o Remo é um time organizado. Jogamos com 3 atacantes e isso não é fácil. A gente se impôs no jogo e podemos fazer melhor no sábado. A gente precisa do resultado e o mínimo que a gente pode fazer é levar para os pênaltis e aí é quem estiver mais preparado. O importante é a vitória, nem que seja de meio a zero”, encerrou.
Remo e Paysandu voltam a se enfrentar no sábado, 23/04, às 18h30, novamente no Mangueirão. Os bicolores têm a vantagem do empate, enquanto o Leão Azul precisa vencer por 2 gols para se classificar no tempo normal. Qualquer vitória remista por 1 gol de diferença leva a partida para os pênaltis.
Globo Esporte.com, 20/04/2016