Capitão e Esquerdinha
Capitão e Esquerdinha

Jogar em casa deveria ser algo fácil. Campo e torcida conspirando a favor. Para o River (PI), a estreia no estádio Albertão, em Teresina (PI), trouxe um cenário diferente. A derrota por 3 a 2 para o América (RN) fez o time tricolor conviver um avalanche de críticas pela atuação.

Dois foram escolhidos como alvo da ira das arquibancadas: o técnico Capitão e o meia Esquerdinha. No domingo, 05/06, o Galo piauiense faz novamente em casa, diante do Remo, às 19h, mais uma partida da Série C. O elenco tem sido preparado psicologicamente para suportar a pressão excessiva, pesada da torcida, algo que para Capitão, tem atrapalhado o time.

Além do cansaço pelo número de jogos na temporada, chegando a 35 partidas no domingo, os jogadores têm se queixado do estresse mental, que passou a ser trabalhado pelo clube. A perna pesa e a cabeça também, algo que pode gerar desconcentração e acabar prejudicando. Em 15 minutos, o time levou 3 gols do América (RN). Na reapresentação do elenco, Esquerdinha, massacrado pelas vaias da torcida, teve uma conversa isolada com Capitão e o auxiliar técnico Marcão.

“A parte psicológica está influenciando. Quando joga fora de casa, nossa equipe joga mais solta. Em casa, tem a pressão do nosso torcedor que tem sido um ponto que tem atrapalhado um pouco alguns atletas. Estamos procurando ajustar, fazendo com que isso não se transforme em situação negativa para nossa equipe. O torcedor vai cobrar sempre da sua equipe, quer que ela ganhe. Então, vamos entrar para sempre vencer, agradar o torcedor. Contudo, nem sempre isso é possível, mas ficamos sempre com essa expectativa”, explicou Capitão.

O treinador citou a derrota do Remo, próximo adversário, como exemplo de equilíbrio da Série C e disse que não enxerga o momento como pressão.

“Serviu para mostrar para algumas pessoas. Eles (Remo) colocaram 19 mil pessoas dentro de casa e perderam por 1 a 0 para o ASA (AL). As pessoas acham que o River (PI) deve ser um super time. Serve de lição para todos, sabemos da dificuldade da Série C, com jogos duros ainda por vir. Momento é de tranquilidade, poder ver o que cometemos de errado no jogo e aprimorar o que fizemos de bom”, analisou, falando em seguida sobre o caso Esquerdinha.

“Pressão? Comigo não. As pessoas têm que colocar na cabeça que existe aquele jogador que faz graça para torcida e aquele operário, importantíssimo. Esquerdinha é um desses. Se pegarmos os números dele, ele joga sempre porque sabemos do seu potencial, do respeito com os demais. Ele é um jogador chave da nossa equipe”, finalizou.

Globo Esporte.com, 01/06/2016