Há tempos que um Re-Pa não gerava tantos burburinhos na semana que antecede este grande jogo. Porém, a polêmica, desta vez, não fica por conta de declarações de atletas ou treinadores visando a final do primeiro turno do Parazão, mas pelo impasse entre diretorias de clubes, a Federação Paraense de Futebol (FPF) e os órgãos de segurança.
Devido às obras do BRT, o acesso ao estádio pela Avenida Augusto Montenegro, por onde entra a torcida do Remo, é inviável, o que gera preocupações, principalmente quanto à questão da segurança pública. A única certeza é que os valores dos ingressos foram amenizados, um alívio para o bolso do torcedor paraense, que pagará R$ 60 na arquibancada e R$ 100 na cadeira – os preços anteriores eram R$ 70 e R$ 140, respectivamente.
As especulações já haviam acabado na tarde desta terça-feira (01/03), pois tudo estava definido pela parte dos clubes. O presidente azulino André Cavalcante e o bicolor Alberto Maia haviam acertado que o jogo seria às 15h, no domingo, dia 06/03, para 25 mil pessoas, público definido pela Polícia Militar.
Porém, à noite, a PM enviou um comunicado para as diretorias e para a FPF solicitando a alteração da partida para as 10h. Segundo o presidente do Remo, André Cavalcante, o horário não será alterado.
“O jogo será às 15h. Remo e Paysandu já decidiram. Temos até um respaldo dos nossos fisiologistas, que dizem que 10h não é um horário bom para jogar futebol. Desta forma, nós vamos continuar às 15h”, afirmou o mandatário.
A FPF enviou para todos os envolvidos no Campeonato Paraense um comunicado sobre o horário do jogo, conforme orientado pelo presidente em exercício da FPF, Adelson Torres. No documento, constam os motivos citados pelas diretorias de Remo e Paysandu para que o jogo não ocorra às 10h. Como a PM somente sugere a hora da partida, a final deve ser confirmada mesmo para as 15h, como querem os clubes e a Federação.
Diário do Pará, 02/03/2016