Edno e Lucas Garcia
Edno e Lucas Garcia

Com a defesa toda modificada em função das ausências dos zagueiros Max e Henrique, o Remo encara neste sábado (13/08) um dos adversários diretos pela classificação na chave A do Brasileirão da Série C. O Botafogo (PB), que na partida de ida da primeira fase conseguiu arrancar um empate em Belém, é adversário em fase de crescimento na competição e difícil de ser batido dentro de seus domínios.

Contra o Remo, o time paraibano tem problemas na escalação, mas deve fazer a estreia de Raphael Luz, que foi dispensado pelo Paysandu por mau rendimento na Série B deste ano.

Para passar pelo Botafogo (PB), o Remo terá que se manter firme atrás e mostrar armas para o contragolpe. Com Edno fazendo a função de ponta de lança, ajudando com assistências os companheiros de frente, será fundamental a presença de um atacante de lado, ágil e velocista.

Dos jogadores à disposição de Waldemar Lemos para o jogo, as opções para executar esse papel são o atacante Magno, o meia Hériclis e o lateral-direito Levy. Qualquer um deles pode contribuir para as ações ofensivas do time com muito mais força de definição do que Fernandinho, que era titular até a última rodada.

Levam a vantagem de ter mais velocidade e capacidade de diálogo com Edno e Eduardo Ramos, o que pode levar à criação de boas oportunidades dentro da área.

Como é previsível que o Botafogo (PB) irá buscar a vitória, lançando-se à frente para impor pressão, o Remo poderá se beneficiar disso explorando os flancos do campo. Foi assim que jogou contra o ASA (AL) em Arapiraca (AL), quase conseguindo arrancar uma vitória.

Magno, que ainda não teve chances no time titular, deveria ser a opção natural de Waldemar para o jogo. É rápido na saída para o ataque, tem bom passe e sabe definir jogadas. Foram essas características que atraíram a atenção do Remo no Campeonato Estadual. Difícil de ser marcado com a bola nos pés, criou inúmeros problemas no confronto do primeiro turno, quando o Parauapebas derrotou os azulinos no Mangueirão, por 2 a 1.

Hériclis, que veio recomendado por Marcelo Veiga, é outro candidato ao posto de segundo atacante. Tem habilidade e arranque, embora não seja um finalizador, como Magno. Seria uma alternativa para tornar o meio-campo mais povoado e qualificado, posicionando-se próximo a Eduardo Ramos e Marcinho.

Levy seria a alternativa mais radical. Jogador de força e velocidade, tem se destacado nas jogadas próximas à área adversária. Chuta forte e poderia vir a ser o atacante que o jogo exige. Sua escalação na frente, porém, desfalcaria o setor defensivo, que já terá uma dupla de zaga estreante na competição, Ciro Sena e Ítalo, obrigando Waldemar a lançar Murilo.

De qualquer forma, o Remo entrará em campo com o propósito de pontuar. Nas circunstâncias, o empate não chega a ser mau negócio, mas pela evolução apresentada nas últimas 4 rodadas, a vitória é um objetivo possível.

Blog do Gerson Nogueira, 13/08/2016