O técnico Leston Júnior e os jogadores do Remo deixaram o gramado da Arena Verde justificando a fraca atuação azulina, que culminou com o empate diante do Paragominas, à sequência de jogos da equipe pela Copa Verde e Parazão, entremeados por viagens de avião e ônibus.
“Não é nenhuma desculpa, mas o desgaste do grupo é muito grande. É difícil jogar depois de uma viagem como a que fizemos. Não tem nada pior que uma noite perdida. É difícil falar isso, pois as pessoas não entendem”, comentou o atacante Ciro, que acabou sendo prejudicado em função do esquema montado por Leston Júnior, com apenas o atacante isolado.
O goleiro Douglas Borges, que foi escalado em cima da hora, devido à infecção intestinal contraída pelo titular Fernando Henrique, que ficou no banco de reservas apenas fazendo número, admitiu que o empate acabou sendo um achado para o Leão. “Foi um jogo difícil e o empate acabou sendo bom para nós, já que o adversário vinha vencendo e se fechando lá atrás”, analisou.
O meia Marco Goiano, por sua vez, lamentou o fato de o árbitro não ter ratificado o gol que ele teria marcado, no primeiro tempo do jogo. “Estou decepcionado. A arbitragem precisa estar mais atenta”, criticou.
Para o lateral-esquerdo João Victor, mesmo com todo o desgaste alegado pelo time, o Remo poderia ter estreado no returno do Parazão com uma vitória. “Tivemos chances para ‘matar’ e virar a partida. Infelizmente não soubemos aproveitá-las”, afirmou.
O zagueiro Ítalo foi outro que bateu na tecla do cansaço do time. “Jogadores como o Ciro e o Eduardo Ramos, que a gente conhece bem a qualidade deles, poderiam ter rendido muito mais se estivessem descansados. Tivemos três, quatro atletas vomitando no vestiário. Precisamos descansar. Ainda bem que para o próximo jogo não vamos ter de viajar”, argumentou.
Diário do Pará, 14/03/2016