O que faz a Copa Nordeste ser uma competição rica, que distribui R$ 16,7 milhões para 20 clubes, enquanto a Copa Verde tem R$ 810 mil para 16 clubes? A primeira explicação está nos níveis de riqueza sócio-econômica das regiões. A segunda, na organização dos clubes e Federações.
A Copa do Nordeste é comercializada pela Liga do Nordeste, que funciona como empresa, enquanto a Copa Verde é totalmente dependente da CBF, com omissão das Federações e clubes. Uma saída seria a instituição da Liga Verde, com gente competente para explorar comercialmente o capital agregado da sustentabilidade.
A CBF chegou a informar, de forma extra-oficial, que a Copa Verde pagaria este ano R$ 85 mil por fase a cada clube. Um mês depois, em documento, anunciou as mesmas cotas das duas primeiras temporadas (R$ 15 mil na primeira fase, R$ 30 mil na segunda, R$ 50 mil na terceira, R$ 50 mil para o vice e R$ 180 mil para o campeão). Remo e Paysandu solicitaram ao deputado Arnaldo Jordy que obtenha um esclarecimento da CBF.
[colored_box color=”yellow”]A Copa Verde Sub-20 deverá ser programada para a cidade de Cuiabá (MT), provavelmente para novembro e dezembro, quando já é disputada a Copa do Nordeste da categoria. A competição deverá ter os mesmos clubes e o mesmo formato da Copa Verde profissional, com transmissões do Esporte Interativo.
Tudo indica que, ao criar a Copa Verde Sub-20, a CBF extinguirá a Copa Norte da categoria, disputada 3 vezes em Belém, com vaga para o campeão na Copa do Brasil Sub-20. Remo (2013 e 2014) e Fast-AM (2015) foram os campeões da Copa Norte Sub-20.[/colored_box]
Coluna do Carlos Ferreira, O Liberal, 13/03/2016
