Baenão
Baenão

O torcedor do Remo vai ter de esperar um pouco mais para voltar a assistir a jogos oficiais de seu time no Baenão. Fechado desde 2014, a expectativa dos dirigentes é de que o estádio seja reaberto em 2017, quando completará 100 anos de fundação. Entretanto, para que a praça de esportes volte a ser reutilizada, uma grande obra terá de ser feita no local, consumindo alguns milhões de reais. A ideia é que, no início de 2016, o projeto de reconstrução deixe a prancheta dos engenheiros e seja colocada em prática.

Algumas partes da obra deverão ter prioridade. É o caso, por exemplo, da reconstrução da área de cadeiras, destruída na gestão do ex-presidente Zeca Pirão. O local, que antes recebia os torcedores de maior poder aquisitivo e que seria substituído por uma construção moderna, dotada de camarotes, hoje está tomado por mato e entulho. Não há, por parte dos dirigentes, sequer a certeza de que a obra da arquibancada prometida tenha sido iniciada.

“Dizem que parte da fundação está pronta, mas não dá para afirmar nada”, diz o arquiteto Paulo César Alves, diretor de patrimônio.

Só na construção da chamada “área vip”, o ex-diretor de estádio e atual candidato à presidência azulina Hélder Cabral imagina que o clube gastará cerca de R$ 2,5 milhões. “Seguindo à risca o projeto que foi feito pelo arquiteto Aurélio Meira”, diz Cabral, revelando ainda que os tobogãs de arquibancadas que dão para as Avenidas 25 de Setembro e Almirante Barroso precisam de melhorias.

“No tobogã da Almirante Barroso já foram implantados 90 pilares, precisando apenas de poucos reforços. No da 25, todo o reforço ainda terá de ser feito”, explica Cabral.

O gramado, que foi atacado por uma praga, já passa por replantio, deixando de ser motivo de preocupação para o presidente que vier a assumir o comando do Leão, após o pleito do dia 23/01.

A mesma situação se aplica à Toca do Leão, concentração do time, que está sendo reformada por um grupo de colaboradores do clube, tendo à frente os diretores Ricardo Ribeiro, Josias Campos e Paulo César Alves.

Concluídas as obras, restará ao clube obter as licenças necessárias junto aos órgãos competentes para a reabertura da casa do torcedor azulino, que não vê a hora desse dia chegar.

[colored_box color=”yellow”]A última partida: 01/05/2014

Lá se vão 19 meses sem que o torcedor do Remo possa assistir ao seu time jogar no estádio Evandro Almeida. A última vez que o Leão pôde usufruir de sua própria casa foi no dia 01/05/2014, quando o time azulino, comandado, na época, pelo técnico Roberto Fernandes, goleou o Independente, de Tucuruí, por 4 a 0, pela semifinal do segundo turno do Paraense.

Em uma quinta-feira do feriado do Dia do Trabalhador, um público de 5.960 torcedores compareceu ao Baenão, para assistir ao Leão despachar o Galo Elétrico, com uma vitória inquestionável. Os gols foram marcados por Ratinho (2), Rony e Leandro Cearense. Após a partida, o estádio foi fechado para obras. Apenas partidas amistosas, sem expressão, foram disputadas lá desde então.

O Remo formou com Fabiano; Levy, Carlinho Rech, Max e Alex Ruan; Dadá, Athos (Val Barreto), Eduardo Ramos e Thiago Potiguar (Ratinho); Rony e Leandro Cearense. Deste, apenas Max permanece no clube. Levy e Eduardo Ramos ainda não definiram suas situações para 2016.[/colored_box]

Diário do Pará, 20/12/2015