Dadá
Dadá

Antes da bola rolar, nas arquibancadas, o clima para o clássico entre Remo e Paysandu, pela partida de volta da semifinal da Copa Verde, era de desconfiança do lado azulino e total animação do lado bicolor. Porém, bastou o apito do árbitro para as coisas mudarem. O Leão foi melhor durante os 90 minutos, fez 2 a 0 e conseguiu levar a decisão para o pênaltis. Nas cobranças, os remistas tiveram 100% de aproveitamento e garantiram a vaga na final da Copa Verde.

O primeiro gol da partida foi marcado por Dadá, aos 40 minutos do primeiro tempo, após um belo chute de fora da área, sem defesa para o goleiro Emerson. Na etapa final, aos 41 minutos, os remistas fizeram o segundo com Sílvio, após rebote do goleiro bicolor. Nos pênaltis, o meia Carlinhos foi o único a perder sua cobrança e o Leão venceu por 5 a 4.

Agora, o Leão vai enfrentar o Cuiabá (MT) na final da Copa Verde, com o primeiro jogo sendo no Mangueirão, em Belém, dia 29/04. A grande decisão será na Arena Pantanal, na capital do Mato Grosso, dia 06/05. Lembrando que o campeão da competição ganha direito a disputar a Copa Sul-Americana 2016.

Por ter vencido a primeira partida por 2 a 0, o Paysandu entrou em campo podendo perder por 1 gol de diferença e essa vantagem parece que acabou tirando o foco do time, que nitidamente sentiu a falta de Yago Pikachu e Jhonnatan, suspensos. Do lado do Remo, o atacante Rony era a válvula de escape, dando uma verdadeira canseira na defesa adversária.

O jogo era fraco tecnicamente, mas os jogadores se esforçavam bastante. Quando parecia que o empate seria o placar para o intervalo, o volante Dadá, aos 40 minutos, acertou um lindo chute de fora da área, sem defesa para Emerson, fazendo um verdadeiro golaço para o Remo.

Na volta para o segundo tempo, incentivado pela torcida com gritos de “Eu acredito!”, o Remo continuou melhor em campo. O Paysandu, que voltou com Leandro Canhoto na vaga de Leleu, seguia sem se encontrar em campo, enquanto Rony não parava de atormentar a defensiva bicolor. Tanto que, com 15 minutos, o treinador Dado Cavalcanti tirou o lateral-esquerdo Marlon e colocou o zagueiro Romário.

A mudança surtiu efeito, mas não o desejado. Até pelo fato de Bismark ter aparecido no jogo e Val Barreto ter entrado no time. Aos 21 minutos, o atacante recebeu cruzamento e cabeceou torto. O Paysandu só foi assustar, de fato, aos 36 minutos, quando Carlinhos, que havia acabado de entrar no lugar de Djalma, chutou de fora da área e assustou Fabiano. Até que o inevitável aconteceu. Aos 41 minutos, Val Barreto chutou de fora da área, Emerson deu rebote e o garoto Sílvio, que tinha entrado no lugar de Ratinho, fez 2 a 0 e levou a partida para os pênaltis.

Com a pressão de ter sido desclassificado na Copa do Brasil, no meio de semana, pelo Atlético (PR), nos pênaltis, o Remo tentou aproveitar o bom momento do jogo na disputa contra o Paysandu.

Na primeira rodada, Augusto Recife fez para os bicolores e Val Barreto para os azulinos. Em seguida Carlinhos acertou o travessão e Dadá colocou o Leão na frente. Radamés deixou tudo igual e Bismark, com absoluta frieza, fez 3 a 2. Bruno Veiga voltou a deixar tudo igual, mas Max recolocou o Remo a frente. A última batida do Paysandu foi de Leandro Canhoto, que fez 4 a 4 e coube a Levy colocar o Leão na final da Copa Verde.

Globo Esporte.com, 18/04/2015