Igor João, Rafael Paty, Alex Ruan, Síilvio e Warian Santos (Ameixa)
Igor João, Rafael Paty, Alex Ruan, Síilvio e Warian Santos (Ameixa)

Na noite desta quinta-feira (30/04), a partir das 19h40, o Clube do Remo começa uma sequência de finais poucas vezes repetida na história recente. A primeira delas é contra o Cuiabá (MT), no Mangueirão, válido pela final da Copa Verde. O jogo de volta está marcado para o dia 07/05, às 22h (de Belém), na Arena Pantanal, na capital mato-grossense.

Para o torcedor habitual do clube, aquele que tem acompanhado a trajetória sofrida do time nos últimos anos, é inegável que o salto instantâneo da equipe, catapultada às finais da Copa Verde e Campeonato Paraense, após quatro incansáveis meses de luta e agonia, é digna de aplausos. Só o fato de estar em duas finais já é uma superação que qualquer clube em crise, sobretudo financeira, gostaria de provar à sua torcida.

Os obstáculos não foram poucos. Do início promissor, um elenco com estrelas renomadas e um técnico vitorioso. Tudo isso se perdeu ao longo da jornada até ser necessária uma verdadeira intervenção com ares de “fogo amigo”.

Em um segundo momento, o técnico Cacaio chegou com o status de “Salvador da Pátria” e, de fato, assim tem sido. Com ele, os jogadores se entregaram e fortaleceram um grupo operário, que esqueceu de tudo, até os atrasos no pagamento dos salários. Ao engrenar, o resultado foi nítido. De freguês, passou a sobrar diante do maior rival. De retardatário, passou a correr na ponta da tabela, e de surpresa, passou a ser realidade.

Hoje o Remo é outro e enfrenta o grande teste de fogo nesta noite. Se passar pelo Cuiabá (MT) nos 180 minutos, nada menos que dono das mesmas façanhas e disposto a estragar a festa armada em Belém, o Leão dará um passo enorme e único na história: de uma equipe fracassada a um grupo supercampeão.

Méritos próprios de um grupo que venceu as dificuldades e foi abraçado de corpo e alma por um fenômeno oriundo das arquibancadas.

Diário do Pará, 30/04/2015