Nem bem voltou a Belém e Eduardo Ramos já está dando o que falar. Após Carlos Martins, pai do atleta e que cuida da carreira dele, explicar a situação e as condições de retorno do filho ao Remo, a antiga diretoria resolveu se posicionar sobre o caso. Thiago Passos, ex-diretor, que participou das negociações da vinda de Ramos para o Leão, colocou a versão da administração Zeca Pirão.
“Quando o contratamos, acertamos o seguinte: 2 anos de contrato, salário de R$ 50 mil mensais e R$ 450 mil pela aquisição dos direitos econômicos no período do contrato. Pagamos o valor de R$ 350 mil. Ocorre que surgiu o interesse do Joinville (SC), fizemos um acordo com o senhor Carlos Martins, pai do atleta, o qual o Eduardo abriu mão dos R$ 100 mil restantes. Ou seja, houve uma redução proporcional, uma vez que pagaríamos R$ 450 mil para que ele jogasse 4 semestres pelo Remo, mas como saiu um semestre, foi acordado esse abatimento”, informou.
“Ademais, houve uma compensação por parte do Joinville (SC) no valor de R$ 50 mil, que serviu para pagar o próprio salário do Eduardo Ramos no mês de junho. Esse acordo foi feito na sala da presidência e estavam presentes o senhor Carlos Martins, Zeca Pirão, Emerson Dias e eu. O senhor Carlos está agindo de má-fé ao cobrar esse valor e, portanto, não podemos aceitar essa postura”, explicou Thiago Passos.
Entretanto, foi apurado que o acordo feito foi apenas verbalmente e que não existe nenhum papel assinado com Eduardo Ramos, aceitando reduzir o valor das luvas. Procurado para comentar as acusações, Carlos Martins preferiu não polemizar.
“Não vou ficar discutindo a situação do Eduardo pela imprensa. Essas coisas têm que ser tratadas pessoalmente e tenho que tratar com a atual diretoria. O que posso dizer é que Eduardo quer muito ficar no Remo e está disposto a ajudar o clube em 2015”, disse o pai do atleta.
Uma reunião envolvendo Carlos Martins, Eduardo Ramos e toda a diretoria está programada para esta quarta-feira, a partir das 16h.
Globo Esporte.com, 07/01/2015
