Campeão estadual pela primeira vez em sua história, superando e vencendo em campo equipes mais tradicionais, é uma credencial que garante respeito, mas o “Fantasma” que assombrou no Campeonato Paranaense deste ano e o que chegou às quartas de final da Série D são times bem diferentes.
Além do técnico Itamar Schulle, apenas 4 jogadores que disputaram a decisão do Estadual, jogaram a segunda partida contra o Campinense (PB), na última rodada da Série D – o zagueiro Juan Sosa (ex-Remo), o volante Chicão e os meias Lucas e Joelson.
O time precisou passar por uma verdadeira reformulação após a competição do primeiro semestre. Logo após a final, 10 jogadores do elenco ficaram sem contrato e várias das principais peças deixaram o time rumo a outros centros. Com um poder de investimento modesto, a direção do “Fantasma” remontou o seu time com atletas das divisões de base e outros valores do futebol local.
Evidentemente, a sombra daquela conquista não pode ser um fator de intimidação para o time azulino, mas a campanha do Operário (PR) até aqui merece respeito.
Em 10 partidas, foram 6 vitórias, 1 empate e 3 derrotas. O time tem 100% de aproveitamento em casa e já arrancou um empate e uma vitória jogando como visitante, ambos na primeira fase.
O ataque não é dos mais fortes, com apenas 12 gols marcados, mas a defesa tem números muito bons em casa. Dos 9 gols sofridos, apenas 3 foram sofridos em seus domínios. Uma campanha que merece respeito, mas é só.
“Não tenho medo de fantasma. Deus é mais”, avisou o atacante Sílvio.
Diário do Pará, 09/10/2015