Foi só a delegação remista deixar o estádio Raimundo Ribeiro, em Boa Vista (RR), para que a diretoria recebesse uma enxurrada de questionamentos sobre a postura do time e consequentemente os motivos que levaram a comissão técnica a optar por tal formação. Não houve outra solução, a não ser chamar todo mundo para uma conversa.
“Tivemos uma longa conversa com a comissão técnica. Foi algo vergonhoso, muito ruim para o nosso clube e o próprio Cacaio admitiu que estava envergonhado com o resultado. Chegamos como líder e ficou um mal-estar tremendo. Recebemos dezenas de ligações de todos os lados”, advertiu um membro da diretoria.
Segundo ele, tamanha descrença chegou até a colocar em risco a permanência do técnico Cacaio. “A gente decidiu conversar com ele. Foi uma conversa muito franca, aberta e sincera. Entretanto, decidimos, por unanimidade, pela permanência dele. O histórico no Remo desde março é altamente positivo, então a gente decidiu confiar nele. Cacaio tem o nosso prestígio, mas precisamos cobrar, até porque faz parte do futebol”, comentou.
Na conversa, entre outros pontos, fez surgir algumas revelações que podem surtir efeito já na próxima partida. A principal delas foi a própra autocrítica de quem dirige e arma a equipe.
“A comissão técnica admitiu que pode ter errado, entrando com 3 volantes. Isso é importante, admitir que foi vexatória a derrota. Dos males, essa derrota nos fez crer que não há nada ganho e que ainda temos muito o que melhorar”, encerra o dirigente.
Diário do Pará, 19/08/2015
