Eduardo Ramos
Eduardo Ramos

“Nosso time perdeu quando podia perder”, foi uma frase padrão nas explicações de jogadores do Remo para a derrota em Roraima, além das alegações de péssimas condições do gramado.

A derrota pode até valer a pena, se tiver efeito pedagógico. A percepção mais importante é que o Remo não tem time para jogar na inspiração. Pelas flagrantes limitações, o time só é competitivo com transpiração, com fidelidade tática e espírito solidário entre os atletas.

O Remo perdeu para o Náutico (RR) por soberba. Subestimou o adversário e se deixou surpreender, além de ter oferecido uma “avenida” pelo lado esquerdo da defesa, na estreia de Rodrigo Soares.

De fato, o Remo perdeu quando podia perder, mas tem que assimilar a lição e tratar de se redimir já no sábado, 22/08, em Paragominas, contra o Nacional (AM), jogando com a dignidade que faltou em Roraima. A alma desse time azulino só expressa pelo suor. Eduardo Ramos é uma ilha de competência, com alguma vocação para pianista. Ou outros carregam o piano para ele, ou não há concerto. Nem conserto.

[colored_box color=”yellow”][one_half last=”no”]Rejeitado no Baenão, apesar de vinculado ao Remo, Val Barreto tem a credencial da autoria de 28 gols com a camisa azulina em 2 anos e meio. De dezembro de 2012 a maio de 2015, o atacante esteve mais no banco do que no time. Sempre superou suas limitações técnicas com força e garra. Seguramente, estaria sendo útil nesta Série D.[/one_half][one_half last=”yes”]Dos contratados do Remo para a Série D, o zagueiro Henrique, o goleiro Fernando Henrique e o atacante Léo Paraíba vêm sendo os melhores. O volante Chicão está abaixo do potencial, mas não chega a decepcionar. O também volante Leandro Santos, o meia Juninho e os atacantes Aleílson e Welthon estão devendo. O lateral-direito Gabriel ainda não foi bem avaliado, o lateral-esquerdo Rodrigo Moraes teve estreia lastimável e o também lateral-esquerdo Mateus Muller ainda não estreou.[/one_half][/colored_box]

Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 19/08/2015