Fred Gomes
Fred Gomes

A manifestação que iniciou na última quinta-feira (11/06) pode ter desdobramentos a mais que o simples prejuízo na preparação do time para a Série D. O elenco pode sofrer baixas. O assunto é tratado intramuros no Baenão, mas os jogadores vistos pela diretoria como os “cabeças” do movimento são olhados como possíveis demissionários.

Este grupo é formado por atletas que já estão no clube há 1 ou 2 anos, experientes e que têm influência dentro do plantel. Alguns deles têm os maiores salários do futebol profissional, quando recebem.

“Ninguém é inegociável. Quem receber uma proposta tem que nos procurar e vamos avaliar o que for bom para ambos os lados, mas até agora ninguém nos procurou”, disse o gerente executivo de futebol, Fred Gomes, sobre a possibilidade de alguém ser negociado.

Quando do início da “greve” azulina, o dirigente afirmou que, oficialmente, o clube não pensa em dispensas. “Começamos o trabalho com esse grupo. Se alguém se achar incomodado, tem o direito de pedir a rescisão contratual. O queremos contar com todos, mas cada um tem seu direito”, comentou.

A crise fez com que a busca por um lateral-esquerdo fosse suspensa. Sobre um volante e um atacante, que também estavam na mira do clube, já não se fala mais sobre isso.

“É praticamente inviável manter o clube em atividade. O maior problema do Remo é de recursos. É uma crise geral do futebol brasileiro, mas a dificuldade maior é que nossas rendas estão bloqueadas. Não temos nenhum tipo de receita. A diretoria está procurando alternativas para quitar o restante de abril até o fim do mês. Até segunda-feira (15/06) vamos tentar quitar o que é emergencial, como a questão da moradia”, explicou Fred Gomes.

Amazônia, 14/06/2015