Paragominas 0x1 Remo
Paragominas 0x1 Remo

Uma ação ostensiva de policiais militares que trabalhavam na Arena Verde neste domingo, 12/04, durante o jogo entre Paragominas e Remo, assustou a todos que assistiam à partida. Após o apito final do árbitro Dewson Fernando, torcedores do remistas invadiram o gramado para comemorar a vitória do time, que garantiu vaga nas semifinais da Taça Estado do Pará. O grupo só não esperava que àqueles que deveriam garantir a segurança do espetáculo fossem autores da violência.

Enquanto os próprios jogadores do Leão tentavam retirar de campo a torcida, duas bombas de efeito moral foram lançadas pela polícia. Elas atingiram dois jogadores do Remo: o volante Dadá – que apenas ficou atordoado em campo – e o atacante Rony, que chegou a desmaiar. Ele foi rapidamente atendido por outros atletas até que a ambulância do estádio entrasse no gramado. Após cerca de 10 minutos, o jogador recuperou a consciência, mas ainda se mostrava afetado pelo ocorrido.

“Os torcedores entraram em campo para comemorar o resultado. De repente, a polícia chegou atirando, mas graças a Deus estou bem”, comentou Rony.

Revoltado, o gerente executivo de futebol do Clube do Remo espera medidas da Federação Paraense de Futebol para evitar que esse tipo de conduta ocorra novamente no Parazão.

“Falha da segurança do estádio, que primeiramente deixou que invadissem o gramado. Os jogadores do Remo se direcionaram aos torcedores para pedirem para sair de campo e, não sei de quem foi a ordem, mas a polícia chegou jogando bombas. Uma caiu perto do Dadá e outra ao lado do Rony. Isso é um absurdo. Polícia mostrou ser despreparada. A Federação Paraense de Futebol tem que fazer alguma coisa”, cobrou Fred Gomes.

O técnico azulino Cacaio também considerou exagerada a ação dos policiais militares em Paragominas. “O pessoal entrou no gramado só para comemorar, pegar camisa, pedir autógrafo. A polícia não precisava fazer isso”, reclamou.

O próprio treinador do Jacaré, Charles Guerreiro, mostrou preocupação com a situação dos jogadores do Remo enquanto ambos ainda não haviam recebido atendimento médico. “Vamos ajudar (o Rony). É um profissional e isso não pode acontecer. Temos que ajudar”, afirmou o treinador, dentro de campo, enquanto a situação ainda se desenrolava.

Globo Esporte.com, 12/04/2015