O Clube do Remo vai encarar o River (PI), no próximo domingo, 14/09, lutando para sacramentar a sua classificação às oitavas-de-final da Série D. Uma simples vitória carimba o passaporte azulino para a sequência da competição. Porém, a missão é não é tão simples quanto parece. O adversário tem condições de endurecer o jogo contra o Leão e se transformar na maior pedreira da chave para os paraenses.
Os números provam a teoria. O River (PI) está invicto na competição, embora tenha empatado mais vezes do que necessariamente tenha vencido. São 4 empates e 2 triunfos contabilizados até aqui. Um destes empates foi justamente contra o Remo. Aliás, os azulinos estiveram próximos de eliminar esta invencibilidade – acabaram cedendo um empate, por meio de um pênalti contestado, já nos acréscimos do segundo tempo.
O encontro entre o líder do grupo A2 com um dos invictos da competição, ao que tudo indica, será equilibrado e é tratado como a principal partida do Leão no ano. “Não tenho dúvida de que é o jogo mais importante do Remo no ano até agora. Nosso pensamento é classificar para o mata-mata e, consequentemente, subir para uma Série C”, disse Levy.
O time do Piauí foi elogiado pelo azulino. “O River (PI) é uma equipe que está sabendo jogar a Série D. Já sabemos da força deles e estivemos próximos de vencê-los. Aquele pênalti foi uma infelicidade no final”, lembrou.
Para o dono da camisa 2 azulina, o grupo considera as dificuldades, mas sabe que tem a missão de passar pelo adversário de domingo. “Estamos bem concentrados, é um momento decisivo. Para nós, vale como um mata-mata. É a nossa classificação”, disse. “O River (PI) também sabe da força que o Remo tem. O Remo tem que impor o seu ritmo, não deve olhar o adversário”, completou.
Sobre o estilo da partida, o lateral crê que a competição nacional tem uma tônica. “Jogar a Série D é diferente do que jogar qualquer campeonato”, falou, explicando o seu ponto de vista. “É muita transpiração, força, contato e pressão. Às vezes, o adversário não nos deixa jogar e nós temos que nos adaptar. Tem que jogar na raça”, concluiu.
Duas vezes campeão paraense com a camisa do Clube do Remo, em meio às temporadas 2008 e 2014, o lateral-direito Levy está diante de uma oportunidade decisiva de entrar, de uma vez por todas, na história do Clube do Remo. Acrescentar um acesso no currículo enriquecerá a sua trajetória no clube. “Um acesso pode cravar meu nome na história do Remo. É claro que tenho que ter o pé no chão”, declarou.
Na lista dos atletas pendurados e, portanto, correndo o risco de ficar de fora da última partida da fase classificatória, Levy não mudará o seu modo de jogar para evitar um cartão. “Não procuro administrar cartão amarelo. Faço parte do sistema defensivo. Se tiver que fazer falta para ajudar a equipe, vou fazer”, assegurou.
O problema é que o atleta é o único lateral-direito de ofício do plantel. Na posição, podem ser testados e também improvisados os volantes Dadá e Jhonnatan. O garoto Denílson é uma opção pouco provável, considerando a sua falta de experiência.
Aliás, há a dificuldade do plantel e da competição. “Acreditava que o Remo ia classificar com os pés nas costas, sendo bem sincero. Não é assim. Futebol está nivelado de uma tal maneira que não tem espaço para soberba, orgulho. O Remo é time grande, mas se ganha dentro de campo”, ensina.
Amazônia, 11/09/2014