Dadá, Zé Soares, Fabiano e Roberto Fernandes
Dadá, Zé Soares, Fabiano e Roberto Fernandes

Encontrar o ponto de equilíbrio entre ser ofensivo e, ao mesmo tempo, não se expor exageradamente, de forma a deixar o time sujeito a contra-ataques. Esse é o atual jogo de quebra-cabeça montado pelo treinador do Clube do Remo, Roberto Fernandes. O Leão precisa não só vencer, como ganhar por uma goleada o Independente caso queira continuar seguir vivo na luta pelo título do segundo turno.

Apenas uma vitória por 3 ou mais gols de diferença interessa para o time do Baenão. O problema é o tal do ponto de equilíbrio, com situações que podem torná-lo ainda mais difícil de encontrar. Nos bastidores do estádio Evandro Almeida, o Baenão, a pressão vem de todos os lados. A partida, marcada para o próximo dia 01/05, Dia do Trabalhador, é cercada de muita expectativa.

O presidente do clube, Zeca Pirão, foi um dos primeiros a colocar pressão no grupo. Gastando mensalmente aproximadamente R$ 550 mil, cifra considerável para o padrão do futebol paraense, Pirão chegou a dizer que quer uma resposta imediata ainda durante o primeiro tempo do jogo contra o Galo Elétrico. “Confio nos jogadores, sei que temos um time forte e vamos pra cima”, declarou Pirão, em uma conversa na sala de imprensa do clube.

Ciente da pressão, oriunda de todos os lados, o treinador Roberto Fernandes tomou algumas atitudes. A primeira foi de assumir a responsabilidade após a queda em Tucuruí. Depois, ele fez questão de treinar taticamente o grupo assim que teve oportunidade. Foram três vezes seguidas, nas últimas quarta, quinta e sexta-feira. Coletivo? Nem pensar. O que Fernandes fez foi comandar treinamentos específicos, dividindo os jogadores de zaga, meio-campo e ataque.

Apesar da tentativa de minimizar a cobrança por parte da comissão técnica, o próprio elenco sabe que está sujeito as exigências. “É uma pressão como nunca antes”, admitiu o volante Dadá.

Tão importante quanto fazer gols também é não tomar, pois um tento do adversário pode acabar com as pretensões de reação da equipe remista. O zagueiro Carlinho Rech, provável substituto de Raphael Andrade, defendeu a forma de treinamento orientado pela comissão técnica. “São treinamentos intensivos, pois a gente precisa de um resultado grande”, disse.

Rech, aliás, sabe que uma postura de ataque ousada pode fazer com que a zaga fique no mano a mano com os atacantes rivais. “Por isso, acho correto treinarmos desse jeito, de forma específica, daremos o máximo para não sofrer gols ali atrás. Na frente, a bola tem que entrar”, apelou.

O Liberal, 27/04/2014