Remo 2x1 Paragominas (Rony)
Remo 2x1 Paragominas (Rony)

Fã do craque Neymar, o garoto remista Rony também leva a vida no estilo “ousadia e alegria”. Garante não ter medo de cara feia e o seus números provam isso. Desde o jogo contra o São Francisco, quando estreou na equipe principal, entrando e marcando um gol, tornou-se opção para o treinador do Remo, Roberto Fernandes.

Rony, então, protagonizou um dos gols mais bonitos do Estadual ao encobrir o goleiro do Independente, em jogo pela fase classificatória do returno. Depois, já como titular, sofreu o pênalti que resultou no gol da vitória contra o Paragominas. Melhor que muito atacante contratado a peso de ouro…

É verdade que Rony é um pouco afoito, ele mesmo sabe disse, mas também é produtivo. O garoto franzino (1,70m e 58 quilos) faz 19 anos em maio e acredita que chegou a hora de decolar com a camisa azulina.

Como iniciou a história do Rony com o Remo?

Sou do interior, de Magalhães Barata. Teve um responsável que me trouxe de lá. Ele fez o registro, com assinatura em cartório e tudo, junto com a minha mãe, porque eu era menor (17 anos na época). Ele me trouxe para fazer um teste. Não passei em um teste na Tuna. Fui em um time em Ananindeua, joguei contra Remo e Paysandu, fiz gols contra eles, era sub-20, mas tinha 17 anos. Fiz o teste aqui no Remo, o treinador era o Neto. Daí ele acertou comigo para voltar.

Sempre atuando como atacante?

Sim.

Você tem contrato com o Remo até quando? Tem multa rescisória?

Até 2017. Ainda faltam os documentos, não está bem firmado.

Você já assinou?

Sim, está assinado.

Você era torcedor do Remo?

Sim, assistia os jogos nas arquibancadas quando vinha do interior.

Você se considera um jogador que não tem medo de cara feia?

Minha característica é essa e o Roberto (Fernandes) me incentiva e fala muito para manter isso, de pegar a bola e ir para cima. Se ele me dá apoio, vou manter. Não posso ter medo.

Você se sente à vontade para explodir com a camisa do Remo ainda este ano ou considera que este processo é gradual?

De pouquinho em pouquinho, vou chegando lá. Vou trabalhar, fazer o que o professor manda, para ganhar o meu espaço.

Como foi o primeiro jogo como titular do Remo?

Me senti bastante à vontade. Fiz o que o professor pediu, deu certo e saímos com a vitória.

Você se considera um pouco afoito?

Com certeza. Me considero sim um pouco afoito, mas estou trabalhando isso para melhorar. Tenho certeza que vai dar tudo certo.

E a questão do nervosismo?

A torcida incentivando é melhor. Sinto um frio na barriga no começo, mas depois passa.

Quem é seu parceiro no elenco do Remo?

Tem o Athos, o Val Barreto. Eles me dão dicas. Tem os zagueiros também, o Raphael (Andrade), o Max. Geralmente, eles me recomendam para ir com calma, não esquentar a cabeça com torcida. No dia dos jogos, saio da concentração e peço a Deus para me ajudar bastante. Estou feliz com o meu rendimento, mas sei que posso melhorar e quero mais.

Quem é seu ídolo no futebol?

Neymar e o Paulinho, do Flamengo (RJ). Olho o jogo deles e procuro aprender, fico inspirado para as jogadas. Eles jogam demais, pegam a bola e vão para cima. É assim que quero ser.

O Remo vive um momento de pressão. Você sente que este é o melhor momento para deslanchar?

Com certeza. Todo mundo tá querendo a Série D, principalmente, a torcida. É até bom para nós, para trabalhar nisso e focar. A oportunidade chegou e, não me importo com o momento, quero ajudar meus companheiros.

Você fez um gol contra o Independente. O que falar sobre o adversário de hoje?

Foi o meu primeiro jogo, fiquei observando e é uma boa equipe. Estamos trabalhando e, com certeza, iremos sair com um bom resultado de lá. O treinador não deu dicas se vou ser titular. Se entrar jogando ou no banco, darei meu melhor, pode ter certeza.

Amazônia, 20/04/2014