Foram quase 70 minutos de coletivo-apronto, com paralisações e algumas broncas do treinador do Remo, Roberto Fernandes, que gritou mais de uma vez: “Vamos trabalhar a bola”, referindo-se aos jogadores do meio-campo. Entre os lances mais importantes do treinamento azulino, o meia Eduardo Ramos foi o autor de um gol que surgiu após uma falta cobrada com perfeição e sem possibilidades de defesa para o goleiro reserva.
A movimentação do Clube do Remo ontem à tarde deu indícios de situações de jogo, visando ao clássico contra o Paysandu, marcado para o próximo dia 22/05, válido pelo primeiro jogo da final do segundo turno do Parazão 2014. A preparação, que também envolverá um amistoso contra o Ananindeua, sábado, 17/05, no Baenão, ganhou um novo estágio.
Roberto Fernandes deu entrevistas e explicou que a longa preparação, de quase três semanas, tem aspectos positivos e negativos. “Se por um lado prejudica a questão do ritmo de jogo, por outro lado você pode testar variações. Nós vamos para dois jogos decisivos e queira Deus que não precise do terceiro e do quarto jogo (Taça Açaí). Sempre foram clássicos equilibrados na temporada. Quando houve vencedor, o resultado foi pelo placar mínimo. O jogo é decidido em detalhes, então é importante utilizar este momento para testar variações”, frisou Roberto Fernandes.
O técnico remista terminou a movimentação satisfeito, embora tenha feito um alerta, seguido de um elogio ao Paysandu. “Treinar bem não quer dizer que você vai jogar bem. Vamos enfrentar uma defesa sólida, um contra-ataque rápido e uma equipe bem treinada”, disse, falando sobre o que visualiza como pontos fortes do rival.
Por precaução, Roberto não quis utilizar o volante André, que treinou entre os reservas por ainda se recuperar de lesão e não estar 100% fisicamente. O meia-ofensivo Ratinho também ficou de fora, apenas correndo ao redor do campo, também em fase final de recuperação após dores musculares.
Atento a todos os problemas, Roberto Fernandes busca alternativas. Um ponto positivo é o entrosamento que vem se consolidando entre Eduardo Ramos e Thiago Potiguar. “Uma coisa que tava fazendo falta é a troca de passes entre o Eduardo Ramos e o Thiago Potiguar. Se os jogadores fossem jogar individualmente, o principal prejudicado seria o Remo. Falei isso a eles. Se eles trabalharem essa bola no meio entre si, a gente começa a ganhar”, revelou Roberto.
Ô Liberal, 15/05/2014
