O treinador do Remo, Roberto Fernandes, teve uma leitura correta de jogo. Diante dos questionamentos, não teve como fugir e acabou reclamando da postura do seu time e do desequilíbrio entre variáveis da partida, como vontade e qualidade técnica. Para evitar a exposição de seus jogadores, assumiu a responsabilidade pelo tropeço em um jogo decisivo.
“Perdemos todas as divididas, perdemos a bola na parte molhada, na parte seca… Mas a responsabilidade é minha”, frisou. Roberto Fernandes puxou a orelha dos seus comandados ao enfatizar que a equipe não teve espírito de decisão. “Não quero justificar usando a viagem ou o gramado, mas diante deste gramado, o jogo era muito mais de raça do que de técnica. Paciência”, resignou-se.
Analisando taticamente o Remo, o comandante lamentou a falta de força ofensiva nas duas laterais, o que teria sobrecarregado os homens de meio-campo. “Os dois laterais (Diogo Silva e Rodrigo Fernandes) foram para o jogo há mais de 30 dias sem jogar. Não tivemos força ofensiva para jogar nas laterais. Fizeram falta, principalmente, pelo ritmo de jogo. Você perder os dois laterais ao mesmo tempo, dificulta”, detectou, referindo-se aos desfalques dos titulares Levy e Alex Ruan, que estavam suspensos.
Fernandes ainda minimizou a péssima atuação de Leandrão e Leandro Cearense, culpando a pouca ousadia dos seus laterais, o que não gerou bolas cruzadas na área adversária. “A bola não chegou nos dois atacantes, principalmente, pelas laterais. Agora é trabalhar. Fizemos uma partida muito abaixo do que poderíamos produzir”, comentou.
No final da coletiva, Roberto Fernandes negou um contato ofical com o Santa Cruz (PE), que procura um treinador. “O meu foco é a vaga na Série D para o Remo”, garantiu.
Amazônia, 21/04/2014