O técnico Roberto Fernandes só conseguiu respirar com tranquilidade depois do apito final do confronto desta quinta-feira, 01/05, contra o Independente. Precisando fazer pelo menos 3 gols para ir para a final, os azulinos fizeram 4 e agora só aguardam o resultado da outra semifinal, entre Paysandu e São Francisco, para conhecer o próximo adversário. Para o treinador, o torcedor teve papel fundamental no resultado.
“Pura emoção. Vai ficar cravado na memória do torcedor! Você fazer três gols em um jogo de uma forma natural é uma coisa, mas você entrar em campo já precisando desse resultado é outra história. Falei para eles que ‘pode até demorar para fazer o primeiro gol, mas depois vocês vão ver que o torcedor vai empurrar a bola para o segundo e o terceiro’. Acho que o treinador tem que saber o ambiente que trabalha. O apoio do torcedor dentro do Baenão, com a torcida praticamente na beira do gramado, você tem que saber trazer isso a seu favor”, contou Fernandes.
A escalação inicial montada pelo comandante azulino foi inovadora. Roberto Fernandes optou por apenas um volante (Dadá), dois meias armadores e três atacantes. Apesar de bastante ofensiva, a tática não deu certo. O Remo teve muita posse de bola, mas levou pouco perigo ao gol de Dida. Mais uma vez, Athos e Eduardo Ramos não conseguiram atuar juntos. A solução foi a entrada de Ratinho.
“Tive que colocar em campo um jogador de arremate como o Ratinho, e a referência do Val Barreto, que pressionou a defesa do adversário. Tivemos posse de bola, mas não fomos finalizadores. A gente estava prendendo muito a bola, sendo que era para arriscar. Vai errar, mas erra pelo excesso, não pela falta. Athos e Ratinho não tinham condições de jogar os 90 minutos. Se entrasse com ele (Ratinho), perderia todas as fichas de velocidade. Por isso ele ficou como opção para o decorrer da partida e deu certo”, explicou o treinador.
“Estamos a dois jogos de alcançar um objetivo muito importante para o Remo, então é foco total, concentração total. Confirmado o Paysandu na final, acho que eles estão com grande vantagem sobre o São Francisco, a vaga a Série D está alcançada e vamos para as finais para conseguir o título. Vamos manter o foco para que não se perca a concentração nessa reta final”, completou Roberto Fernandes.
Outro jogador com atuação destacável na partida foi o Dadá. Apesar de sobrecarregado na marcação no meio-campo, o volante conseguiu segurar Douglas e Kariri, além de ajudar na ligação da defesa com o ataque.
“Se fosse para oferecer a bola do jogo para um jogador, seria injusto porque vários jogadores foram ao seu limite hoje, mas o Dadá, sem dúvida nenhuma, foi excelente. Carregou o piano, sendo o único volante do time, e equilibrou a transição da defesa para o ataque”, finalizou.
Globo Esporte.com, 01/05/2014
