Zeca Pirão, Emerson Dias e Marco Antônio
Zeca Pirão, Emerson Dias e Marco Antônio "Magnata"

Por conta da briga generalizada ocorrida em campo entre jogadores, membros das comissões técnicas e até dirigentes durante o clássico desta quarta-feira, 28/05, os Departamentos Jurídicos de Remo e Paysandu passaram a tarde em reunião na sede da Federação Paraense de Futebol nesta quinta-feira. Entre os assuntos debatidos, foram procuradas formas de evitar novos problemas similares nos próximos jogos e o pedido de afastamento do diretor técnico da FPF, Fernando Castro.

De acordo com o advogado Alberto Maia, chefe jurídico bicolor, a falta de controle das pessoas que tem acesso ao gramado das partidas era uma situação conhecida entre os clubes. Na opinião de Maia, a Federação poderia determinar previamente a quantidade de membros dos clubes dentro de campo.

“Nós havíamos conversado um mês e meio atrás com relação à organização do Campeonato Paraense, em virtude dos problemas que vem ocorrendo junto às partidas. A sugestão é que haja o trabalho de identificar as pessoas que teriam acesso ao gramado, aos corredores de vestiários e aos próprios vestiários. É complicado para o próprio clube determinar quantos diretores vão, por gerar constrangimentos. A ideia é reunirmos, fazermos um documento pactuando para que a Federação forneça crachás para uma quantidade ‘X’ de funcionários e membros da comissão técnica estejam no gramado. Se fizermos dessa forma, resguardamos os atletas e teremos uma partida mais tranquila”, explicou o advogado do Paysandu.

“Nós temos que nos preocupar com os reais protagonistas do espetáculo, que são os jogadores. As demais pessoas não têm direito a acesso. Você vê excesso de seguranças, terceiros, torcedores. Ontem (quarta-feira) mesmo se via mais seguranças e terceiros do que jogadores em campo durante a confusão. Uma situação lamentável que as diretorias não concordam”, completou.

Outra situação colocada, agora pelo Clube do Remo, é o pedido de afastamento do diretor técnico da FPF, Fernando Castro. De acordo com o vice-presidente azulino, Marco Antônio “Magnata”, Castro teria ameaçado de agressão o executivo de futebol do Leão, Emerson Dias, durante a pancadaria ao final do Re-Pa.

“O Emerson foi tentar tirar os nossos jogadores (de campo) e o Fernando Castro o empurrou e o ameaçou de agressões físicas. Ele se sentiu constrangido, foi até a delegacia e prestou depoimento para um Boletim de Ocorrência. O presidente Zeca Pirão então assinou um documento pedindo o afastamento o Fernando Castro da diretoria técnica da Federação Paraense de Futebol”, revelou.

A cúpula azulina deverá protocolar, nesta sexta-feira, uma ação contra o Paysandu por conta da confusão. Segundo “Magnata”, o clube alviceleste deveria ser responsabilizado pelos incidentes no Mangueirão por ser o time mandante da partida.

“A gente entende que o Paysandu, como mandante do jogo, não evitou que ele (“Bodinho”) invadisse o campo. Com base artigo 20 do Regulamento Geral de Competições (RGC) da CBF, achamos que o clube é culpado pela confusão. Por isso a gente aguarda a súmula para saber qual será o nosso procedimento. Queremos saber o que o Joelson relatou na súmula para saber qual será a nossa medida que será protocolada amanhã (sexta-feira, 30/05)”, contou.

A súmula do Re-Pa foi entregue na sede de Federação Paraense de Futebol no final da tarde desta quinta-feira, por volta das 18h30, mas só será divulgada a público nesta sexta-feira, quando será publicada no site oficial da FPF.

Globo Esporte.com, 29/05/2014