Rafael Paty
Rafael Paty

Nos últimos anos, a diretoria do Clube do Remo não economizou esforços para contratar os principais atacantes que passaram pelo Campeonato Paraense. Tal pensamento foi responsável pela vinda de Branco e Leandro Cearense, além de ter os seus próprios destaques, como o atacante Val Barreto. Neste ano, sob o comando de Roberto Fernandes, a tradição foi sumariamente esquecida e outro artilheiro estadual foi quem “pagou o pato”.

Essa foi a trajetória de Rafael Paty. O atacante, jogando pelo modesto Santa Cruz de Cuiarana, que foi rebaixado, conseguiu fazer impressionantes 13 gols, apesar de ter disputado apenas 14 jogos, 10 a menos que o Paysandu, time de Lima, que ficou em segundo lugar na artilheria.

De olho nos números, o Departamento de Futebol azulino correu atrás e contratou o atacante para o Campeonato Brasileiro da Série D. Quis o destino – e o técnico Roberto Fernandes – que Paty fosse praticamente esquecido no banco de reservas.

Lá, ele passou a maior parte do tempo. Por não ter sido indicado pelo treinador, Paty perdeu chance até mesmo para Danilo Lins, que não chutou uma bola nas redes adversárias.

“Fiquei muito chateado, frustrado por causa dessa situação. Sempre converso com a minha esposa sobre isso e, no fim das contas, não entendo bem o que aconteceu”, revelou o atleta.

Com a saída de Roberto Fernandes, Paty sentiu-se a vontade para criticar o que acredita ser uma espécie de marcação, mas que não se abate por ter consciência do trabalho feito nos gramados estaduais.

“Quando o homem lá de cima não quer e o comandante aqui debaixo não aceita muito bem a forma como você foi contratado, as coisas não acontecem. Apesar disso, me mantenho firme e confiante no trabalho que vinha realizando aqui no Remo. Estou treinando forte, à espera de uma definição que seja melhor para todo mundo”, conclui.

Diário do Pará, 15/10/2014