Remo 2x2 PSC (Val Barreto e Dadá)
Remo 2x2 PSC (Val Barreto e Dadá)

O trabalho preparativo ao longo de 21 dias mostrou-se, no momento decisivo, um grande castelo de cartas, tamanha a fragilidade do Clube do Remo na primeira etapa do clássico contra o Paysandu. A onzena remista até começou bem, teve o domínio nos primeiros 15 minutos, mas sofreu um apagão violento que resultou em penalidade, após a bola bater no braço do lateral-esquerdo Alex Ruan. A cobrança de Augusto Recife jogou um balde d’água no ânimo do Leão, até então melhor na partida.

A equipe azulina entrou armada no tradicional 4-4-2, com Eduardo Ramos e Thiago Potiguar no meio e Rony e Leandro Cearense no ataque. Pelas laterais, Levy e Alex Ruan davam o reforço ofensivo, mas a penalidade marcada em cima do ala esquerdo fez o técnico Roberto Fernandes tirá-lo para a entrada de Val Barreto, dando mais uma opção de ataque. Rony, que estava na direita, trocou de lado e o Remo ganhou força de ataque.

Da mesma forma que o primeiro gol surpreendeu, a cobrança de falta ensaiada, aos 30 minutos, quando a defesa azulina foi pega de surpresa e Yago Pikachu ampliou, fez o time se perder em campo.

Muitos passes errados e o desespero do técnico à beira do gramado deixaram um rastro de nervosismo só superado com a brilhante jogada do garoto Rony, aos 39 minutos. Na arrancada, o jogador driblou dois marcadores, recuperou o próprio fôlego quando ia ao chão, até achar Eduardo Ramos sozinho na entrada da área. O armador, na maior tranquilidade, empurrou no canto direito de Paulo Rafael, diminuindo o placar e aliviando a tensão dos 45 minutos iniciais.

“Fomos primeiramente atrás do empate e, na sequência, corremos pela vitória. No futebol, nem sempre quem está melhor consegue os gols. Nós estávamos melhores, mas no melhor momento levamos dois gols e isso desequilibra qualquer equipe”, ressalta o lateral-direito Levy.

Diário do Pará, 23/05/2014