A ideia que está sendo amadurecida na FPF é um Campeonato Paraense com 14 clubes, que seriam divididos em dois grupos de sete, um encabeçado pelo Remo e o outro pelo Paysandu.
No primeiro turno, times do grupo azulino enfrentariam os times do grupo bicolor. Se classificariam os dois primeiros de cada grupo. Em cada semifinal, apenas um jogo, na casa do time de melhor pontuação, que jogaria pelo empate. Novamente, só um jogo na decisão, nas mesmas condições.
No returno, a única mudança seria nos jogos dentro dos grupos na fase classificatória. Para a decisão do título, dois jogos entre os campeões de turnos.
Esse formato resultaria em 17 a 19 rodadas. Este ano foram 24. Enfim,um campeonato mais enxuto, com mais clubes, suprimindo a fase preliminar da Divisão Especial. A ideia de decidir os turnos com apenas um jogo nasceu do excesso de clássicos Re-Pa este ano. Foram 10 em 5 meses, dois deles pela Copa Verde.
No entanto, quem hoje condena o excesso de clássicos, amanhã vai ser impiedoso nas críticas se Remo ou Paysandu tiver que decidir um turno no interior com 3 mil pagantes. É sempre bom lembrar que azulinos e bicolores não dividiam a soberania do Parazão desde 2005. O que houve este ano, há muito tempo deixou de ser regra. Virou exceção!
É bom lembrar também que apesar das mazelas de bastidores, o Parazão 2014 teve a terceira maior média de público dos estaduais: 4.250 pagantes por jogo.
A proposta, que está em avaliação para ser submetida aos clubes, levanta uma questão que tende a ser polêmica. Com mais seis clubes tendo direito a cotas, como ficaria o patrocínio do Governo Estadual? O bolo cresceria ou as fatias diminuiriam? Ou será que isso tem a ver com o interesse do Esporte Interativo em comprar ou até ser sócio da Funtelpa nos direitos do Parazão?
Outra questão intrigante. Em tese, os seis clubes beneficiados seriam Águia, Castanhal, Parauapebas, São Raimundo, Gavião e Santa Cruz. Se é isso mesmo, como seriam contemplados o campeão e o vice da Segundinha? A FPF pretende chamar os clubes e desatar os nós logo após a Copa do Mundo, para formatar o Parazão 2015. Muita polêmica vem por aí.
Coluna de Carlos Ferreira, O Liberal, 15/06/2014
