Eduardo Ramos
Eduardo Ramos

Se o elenco do Clube do Remo sente na pele a pressão externa cada vez que joga mal, principalmente em casos de derrota, como a última para o Independente, por 3 a 0, o peso é ainda maior para quem chegou com o status de “Camisa 33”, representando o símbolo máximo de uma época vitoriosa que deu ao Leão a hegemonia de uma rivalidade centenária por quase 5 anos.

Alçado ao posto de “maestro” na temporada passada, o meia Eduardo Ramos, em sua passagem pelo Remo, não tem sido nem a sombra daquele jogador dinâmico, rápido, com passes longos e precisos que brilhou no Paysandu no primeiro semestre de 2013. A escassez de boas exibições tem custado um preço alto: a desconfiança da torcida azulina.

Os dias do meio-campista, sobretudo após más exibições, são regados a críticas, que o jogador confessa, às vezes, são difíceis de encarar. “É complicado. Algumas pessoas pegam muito pesado. Já havia falado com a direção sobre a minha viagem para uma audiência na sexta-feira passada (18/04), daí disseram que eu estava bebendo e comemorando a vitória do Brasília (DF). Passei duas noites sem dormir, justamente para não perder a audiência e o treino”, argumenta.

Apesar de ter tido algumas atuações irregulares, Eduardo Ramos também sofre com a perseguição de alguns setores desfavoráveis a sua contratação e a consequente entrega da “Camisa 33” mas, na prática, o jogador já deu boas assistências e já saiu aplaudido de alguns jogos.

Talvez por esse motivo, e por ser confessadamente amigo do técnico Roberto Fernandes, ambos tiveram uma longa conversa em particular durante o treino de ontem. “Foram várias coisas. Temos muito a melhorar até a data do jogo e ele sabe das dificuldades, por isso tem conversado bastante. Nada do que você fez no passado pode te garantir vitórias, é preciso lutar. Estou nessa expectativa”, comentou.

Diário do Pará, 25/04/2014