De novembro a janeiro, o principal assunto entre os torcedores remistas era descobrir como o técnico Charles Guerreiro escalaria o Remo durante o Campeonato Paraense e Copa Verde. Com várias contratações caras, de jogadores que estavam disputando as principais competições do país e outros que vieram do exterior, era sabido que a concorrência dentro do elenco seria grande e com várias possibilidades de esquema tático, que continuam sendo testadas pela comissão técnica do Leão.
No início do Parazão, o comandante azulino montou a equipe no tradicional 4-4-2. Nesse esquema, o Leão foi bem nos primeiros jogos, mas deixou a desejar na consistência ao longo das partidas, além de sobrecarregar o setor defensivo. A sacada de Guerreiro, então, foi retirar um meio-campista para a entrada de mais um volante, deixando o time em um 4-3-1-2. Jogando assim, o Clube do Remo permanece invicto.
A nova formação estreou na partida contra o Paragominas, no jogo de ida do primeiro mata-mata da Copa Verde. Além do maior combate no meio-campo, os contra-ataques tem sido explorados com mais frequência, se aproveitando da velocidade de Thiago Potiguar, Zé Soares e Ratinho e dando liberdade para as subidas dos laterais Alex Ruan e Levy. Mesmo com dificuldades, o Remo venceu os dois confrontos contra o Jacaré, mas empatou outros três jogos, dois contra o Paysandu e com o Nacional (AM).
“Nestes empates, o time mostrou novamente muito comprometimento e vontade de ser campeão a todo custo. Estamos no caminho certo”, alega Guerreiro.
O comprometimento com a nova formação é tão grande que, mesmo com vários volantes fora de combate no jogo de volta contra o PFC, pela Copa Verde, Charles Guerreiro improvisou o zagueiro Carlinho Rech na posição e lançou mão do jovem Warian Santos, de 17 anos, para conseguir manter o time no 4-3-2-1.
Porém, apensar dos novos ajustes aparentarem um novo caminho positivo ao Remo, a defesa ainda tem mostrado insegurança em jogadas aéreas. Os últimos quatro gols sofridos foram em jogadas deste tipo e, por isso, o técnico garantiu mais treinamentos específicos ao longo da semana.
“Isso nos preocupa bastante e vamos treinar essa jogada. Não podemos esquecer isso, pois é uma coisa fundamental para a segurança da nossa defesa. A bola parada é tão importante hoje em dia que o atacante vem para a área ajudar no cabeceio”, ressaltou Charles.
Globo Esporte.com, 02/03/2014
