Rogélio, Raphael Andrade e Jhonnatan
Rogélio, Raphael Andrade e Jhonnatan

A situação formada entre jogadores, comissão técnica e diretoria parece ter sido planejada. Seria cômico se não fosse trágico: o Clube do Remo é eliminado da Copa do Brasil, toma uma goleada de 6 a 1 em pleno Mangueirão, perde o técnico e quatro dias depois enfrenta o maior rival em uma semifinal de torneio inter-regional, que vale vaga em competição sul-americana.

Depois de uma semana agitada, como segurar o nervosismo em um momento de extrema importância? Parece ser difícil, mas ao menos no discurso, os jogadores do Remo demonstram concentração total no próximo adversário e nem lembram mais do recente tormento atravessado. “Ninguém pensa mais nesse jogo. Nosso foco agora é o Paysandu”, revela o volante Jhonnatan.

Todavia, é preciso colocar-se na situação do adversário que, até o momento, ainda não perdeu para o Leão Azul e vem de uma boa vitória pelo Campeonato Paraense. São contrastes que fazem do Re-Pa, uma imensa caixinha de surpresas e expectativas. Cabe aos remistas apenas observar o que o rival tem de melhor e trabalhar na velha mística de que “clássico é clássico e vice-versa”.

“A qualidade do Paysandu é inegável. É um time que está arrumadinho, mas o fator Re-Pa é a superação. Por isso acredito que se os jogadores fizerem aquilo que queremos, se procurarem neutralizar, marcar e depois jogar, nós poderemos colher um bom resultado”, entende o técnico Agnaldo.

Pensando em garantir a tranquilidade necessária para o jogo, a diretoria iniciou a concentração na sexta-feira. “Nesse momento, achamos importante blindarmos os atletas para que o foco seja mantido exclusivamente nesta partida, que é fundamental dentro do nosso projeto”, conta o diretor Thiago Passos.

Diário do Pará, 16/03/2014