Charles Guerreiro
Charles Guerreiro

Taticamente, o Remo esteve desarrumado como de costume. A ilusão de uma eficiência técnica só se faz presente em nível local. Contra um time arrumado, as mazelas ficaram expostas. O sufoco foi grande, o Remo ficou acanhado e virou presa fácil. Em vários anos, mesmo lutando contra uma crise, este foi o maior castigo já sofrido pelos azulinos.

“Não tem o que explicar, todo mundo viu. Não temos o que falar sobre o adversário, é muito superior”, disse Thiago Potiguar.

O volante Jhonnatan foi mais além em seu discurso. “Estou envergonhado. Ficava envergonhado quando estava na arquibancada vendo o Remo jogar e agora estou mais ainda por ter perdido dessa forma”, desabafou.

Não faltaram lamentações. Houve até reclamação da bola utilizada, caso do diretor executivo de futebol, Emerson Dias, que se dirigiu à mesa da arbitragem, no intervalo, para dizer que a bola usada na Copa do Brasil não era a mesma dos treinos.

Quanto ao técnico Charles Guerreiro, a única certeza dele parece ser a desconfiança sobre seu futuro no comando técnico azulino. “Essa pressão acontece desde que cheguei no Remo. Me jogaram contra a torcida. Consegui a classificação lá em Manaus (AM), mas fui vaiado no aeroporto”, revela.

“Tinha diretor no gramado de jogo reclamando que o time estava muito atrás. Já estavam pedindo a minha cabeça. Entrego tudo nas mãos de Deus, porque estou fazendo meu trabalho e a decisão fica nas mãos do presidente Zeca Pirão”, disparou, sem dar nomes a quem o criticava enquanto o time caminhava ladeira abaixo.

Diário do Pará, 13/03/2014