O começo do clássico de ontem parecia que ia jogar por terra o discurso préjogo de paz. As promessas de ambos os lados foram logo esquecidas tão logo o árbitro gaúcho Leandro Pedro Vuaden deu o apito inicial. A cada falta, os jogadores se encaravam, se empurravam e discutiam entre si. Os ânimos só deram uma arrefecida justamente depois do que parecia ser a grande confusão da noite.
Aos 17 minutos, o zagueiro bicolor Charles recebeu uma falta do volante azulino Jhonnatan e, no chão, deu um chute no adversário. Não fosse o cartão vermelho para o atleta bicolor, a confusão poderia ter se instalado. O técnico Mazola Júnior apontou a expulsão de Charles como um momento crucial da partida, o que prejudicou demais a equipe.
“Infelizmente aconteceu a situação com o Charles, que prejudicou o poder de decisão do time. Até o 2 a 1 estava até tranquilo, mas não conseguimos segurar o contra-ataque. Parece que esse time é forte em pontos corridos, mas não em decisões”, declarou.
Ao mesmo tempo em que afirmou que o título paraense ainda não está decidido, Mazola Júnior admitiu que seu time tem fraquejado nas decisões. A frase que tanto irritou os remistas na semana passada, dessa vez ele usou contra si e seus comandados. “Hoje (ontem), quem tem que colocar o ‘rabo entre as pernas’ somos nós. Eles foram muito melhores, mas a decisão ainda está em aberta”, disse Mazola.
Amazônia, 05/06/2014
