Como a Série D vai afunilando e todo erro poderá ser fatal, a avaliação do momento do Clube do Remo é iminente. Analisando individualmente cada peça do time principal, fica claro que há jogadores atuando em bom nível e outros em um momento de declínio técnico. Para a sorte da comissão técnica e da torcida, a quantidade de jogadores que vivenciam uma fase positiva é superior.
O último triunfo contra o Interporto (TO), que foi a primeira goleada azulina na competição, deixou claro que os laterais Levy e Rodrigo Fernandes, os zagueiros Max e Raphael Andrade, o volante Dadá, além dos atacantes Leandro Cearense e Rony conseguiram atingir um nível físico e técnico satisfatório.
Em contrapartida, a comissão técnica terá que lidar com a queda de rendimento de atletas do setor de meio-campo. Michel Schmöller, Danilo Rios e Reis ficaram devendo. O treinador Roberto Fernandes chamou, várias vezes, a atenção de Rios e Schmöller na partida do último domingo, 07/09. O caso do camisa 10 azulino é mais emblemático em função da responsabilidade que carrega.
“Acho que alguns fatores foram importantes para que a gente tivesse essa queda. A falta de ritmo de jogo do Danilo Rios ficou clara, mas deixei ele em campo para forçar o jogador”, informou Fernandes.
Além da questão individual, há a questão tática. Alguns problemas foram listados pela comissão técnica. “De uma forma geral, a gente pecou em não ter feito duas situações: primeiro, uma melhor eficácia no contra-ataque, que só ocorreu praticamente no último lance do jogo, quando fizemos o terceiro gol. Depois precisávamos controlar um pouco o jogo”, identificou Roberto. “Você tinha que ter a posse de bola, segurar o jogo”, continuou.
A juventude de um time com média de idade de 25 anos é um detalhe negativo para alguns momentos da partida. Na opinião da comissão técnica, o jogo fica acelerado desnecessariamente. “Ainda somos uma equipe aguda. Toda a bola que pega, queremos partir para o ataque. Não é assim. Tem bola que temos que contra-atacar e tem bolas que devemos valorizá-las. Quem tem bola, não corre o risco”, ponderou Roberto.
Acrescentar qualidade ao último passe e valorizar a posse de bola é uma necessidade para o time se tornar mais competitivo. No entanto, é pouco provável que haja algum tipo de alteração na formação principal do Remo, visando o jogo da próxima rodada.
O Liberal, 09/09/2014