Não tem mais volta. Nesta sexta-feira, 05/09, após o treino coletivo, a delegação do Clube do Remo viaja para Bragança, onde enfrentará, no domingo (07/09), o Interporto (TO), pela 8ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série D. A direção azulina não conseguiu mudar o local da partida, mas tem tentado oferecer melhores condições ao time.
A maior necessidade é melhorar o gramado, para garantir condições boas no jogo que pode dar ao Leão a liderança do Grupo A2. “Mandamos nossa equipe do gramado do Baenão para lá com mangueiras, rolos compressores, adubo e outros materiais para trabalhar o gramado, podar os excessos. Esperamos ter condições bem melhores para jogar nesse domingo em relação a outros jogos”, comentou o presidente azulino, Zeca Pirão.
O mandatário se mostra preocupado com os efeitos de um possível desgaste da torcida bragantina com o clube, já que houve a tentativa de mudar o local da partida. O investimento para mandar os jogos em Bragança foram altos e até o momento o clube não teve grande retorno.
“Para cada partida que nós mandamos lá em Bragança, temos um gasto de R$ 15 mil com a logística. Para deixar o estádio em condições de uso para a competição, investimos R$ 40 mil em reparos e reformas no estádio. Ainda fechamos um pacote de R$ 18 mil como valor de aluguel do estádio nos quatro jogos do time na competição. O retorno para todo esse investimento, nós ainda não tivemos”, lamenta o presidente, referindo-se aos resultados do time nos dois jogos que disputou no Diogão – empate em 1 a 1 com o Moto Club (MA) e derrota por 1 a 0 para o Guarany de Sobral (CE).
Os quatro meses que já se passaram desde o último jogo com a presença do público em Belém têm gerado dificuldades para manter a folha salarial em dia no clube. “Já são quase 120 dias sem uma arrecadação de bilheteria de verdade para pagar os funcionários. Temos nos virado para manter os salários dos jogadores em dia. Mais uma folha vence agora, dia 10/09. Precisamos que a torcida apoie o time”, apelou Zeca Pirão.
Uma das iniciativas que a direção tem trabalhado para captar recursos vem da venda de espaço em placas publicitárias para os torcedores colocarem seus nomes. Pelo valor de R$ 100, o nome do torcedor é grafado em placas publicitárias ao lado do gramado. “Já temos praticamente duas placas fechadas. A torcida azulina é fantástica e tenho certeza que não vai nos deixar na mão”, confia o presidente.
Diário do Pará, 05/09/2014