Max
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Pode soar como incoerente ou ser um mero discurso para surpreender o rival. O fato é que o treinador do Remo, Roberto Fernandes, garantiu que o lado defensivo será a prioridade do sistema tático azulino para a partida de logo mais. A tese foi justificada por Fernandes de maneira simples. “O Paysandu jogou seis Re-Pa este ano, não perdeu nenhum e, além disso, tem a vantagem do empate. Então é o favorito. Nós temos que, primeiramente, saber da força do adversário, e neutralizá-lo, para que possamos ter a força e buscar a vitória”, explicou.

O discurso de Fernandes, no entanto, não faz sentido se julgarmos um aspecto decisivo: o Leão precisará ganhar, pelo menos, um dos clássicos da finalíssima da Taça Cidade do Pará, caso queira levantar o troféu do returno e se sagrar, antecipadamente, o campeão paraense da temporada.

Teoricamente, diante da missão, o time azulino terá que tomar a iniciativa do jogo ofensivo, evitando esperar o adversário. A postura da equipe foi alvo de análise do capitão Max. “No primeiro turno, soubemos usar a vantagem a nosso favor”, disse, lembrando que o clube se sagrou campeão da Taça Cidade de Belém, após empatar dois jogos contra o rival.

“Tínhamos a vantagem, conseguimos segurar os empates, que foram resultados que nos deram o título. Agora a situação é diferente, tivemos 20 dias para trabalhar em cima disso e o professor Roberto passou situações de jogo. Se assimilarmos isso direito, a gente pode quebrar isso aí (vantagem bicolor)”, enfatizou.

O zagueiro, inclusive, entregou que a postura ofensiva terá um peso maior do que o considerado por Roberto Fernandes. “Trabalhamos a nossa força ofensiva, baseada na velocidade, as jogadas pelas beiradas”, falou, para logo depois, evitar maiores comentários. “Não posso falar muito aqui, porque tivemos alguns treinos fechados. Vamos procurar fazer o que ele tem pedido para reverter a vantagem do adversário”, disse.

Os últimos treinos remistas tiveram o sigilo como arma principal. Até o presidente do clube, Zeca Pirão, orientou a assessoria de imprensa para evitar filmagens da imprensa, sobretudo, de lances de bola parada.

Será a primeira vez que o Clube do Remo entrará, de cara, com o esquema 3-5-2, que utiliza três zagueiros, dois volantes e, portanto, reforça a marcação. A ofensividade, no entanto, está apoiada na liberação dos dois laterais, que se transformam em alas, casos de Levy e Alex Ruan.

Quem também terá ampla liberdade é o meia-atacante Thiago Potiguar, que voltará a fazer a função de segundo atacante, caindo pelas laterais do campo para abrir a marcação. Leandro Cearense atuará mais centralizado, inclusive, fazendo a função de pivô, escorando a bola para quem vem de trás.

Amazônia, 22/05/2014