O volante Dadá fez o inverso da maioria dos jogadores que se destacam em equipes modestas do futebol paraense. Revelado no Ananindeua, o atleta aproveitou a oportunidade no Paysandu em 2009, sendo campeão do Parazão daquele ano e, em seguida deixou, os gramados pesados do Pará para garantir rodagem em São José (SP), Sport (PE), Guarani (SP), Red Bull (SP) e Náutico (PE).
De volta ao Estado e hoje com 29 anos, Dadá mostra que a experiência foi bem aproveitada. Ele deixou de ser apenas um “carrapato”, aquele volante de contenção que se limita em apenas marcar e destruir as jogadas, para saber conduzir a bola e dar passes em direção ao ataque.
Um dos reforços menos balados do Clube do Remo e um dos últimos a se apresentar no Baenão, o volante está se tornando essencial no time do técnico Charles Guerreiro. Tanto que foi o grande destaque do empate em 0 a 0 no clássico Re-Pa realizado no último domingo.
“Procuro fazer o melhor dentro das minhas características, que é marcar forte e, quando tenho um pouco mais de espaço, apoiar o ataque. Além disso, quando subo para ir ao ataque, sempre tem alguém na cobertura e isso vem dando certo. Acredito que poderíamos ter saído com a vitória, já que criamos mais chances de gol que o Paysandu. No final, o empate não foi um resultado ruim. Esse era um jogo que sabíamos que não poderíamos perder, pois era um clássico importante”, disse.
Responsável por receber a falta que levou à expulsão do zagueiro Pablo, do Paysandu, equilibrando o clássico, já que o Remo também havia perdido o zagueiro Rogélio pelo cartão vermelho, Dadá projeta um confronto difícil no jogo de volta contra o maior rival azulino. Porém, de acordo com ele, o Leão vai entrar em campo para vencer e dar o título de campeão paraense do primeiro turno para a sua torcida.
“Nossa equipe está bem montada e, agora, é manter a pegada. Se o empate vier naturalmente, tudo bem, mas vamos entrar em campo para buscar uma vitória contra o Paysandu, porque é isso que a nossa torcida quer”, declarou.
Globo Esporte.com, 18/02/2014
