Charles Guerreiro
Charles Guerreiro

Apesar de ter tido a segunda melhor campanha da fase classificatória do primeiro turno do Campeonato Paraense 2014, o time do Clube do Remo, com jogadores renomados, ainda não conseguiu convencer a torcida. São vários aspectos que têm deixado os azulinos preocupados e refletem diretamente nos resultados. Todos eles congregam em uma folha salarial muito superior aos concorrentes, exceto o maior rival.

Entretanto, a distância do investimento não é proporcional às exibições. No gramado, as coisas não andam como o planejado. Em 7 jogos, foram 4 vitórias, 1 empate e 2 derrotas, uma delas no clássico Re-Pa e a outra para o Paragominas, no último domingo (02/02).

Aliás, o Jacaré, um dos concorrentes diretos na briga por uma vaga à Série D do Campeonato Brasileiro, atormenta os remistas desde o Parazão do ano passado. A diretoria tem tido cuidado para não deflagrar uma crise interna, que ameaça começar (ou que já começou) com a saída dos auxiliares Nildo Pereira e Edmilson Melo.

Para o gerente executivo de futebol do clube, Emerson Dias, a demissão não representa um ato isolado, pois os resultados são decorrentes do trabalho de todo o grupo. “Nós montamos o plantel com a comissão técnica e quando ganha um, ganha todo mundo. Quando perde, a derrota é de todos”, diz, para, em seguida, enumerar algum empecilhos, no ponto de vista dele. “O campeonato está muito competitivo. Você já viu que teve apenas duas goleadas. Aqui o campo é pesado, jogo de muito contato físico”, ressalta.

O diretor, porém, também é esperançoso e a aposta dele para os próximos jogos é que o Remo se estabeleça entre os dois finalistas do primeiro turno. “Realmente a torcida esperava que o Remo fosse dar show devido ao elenco que montamos, mas o primeiro passo foi dado, estamos classificados. Então, vamos para o mata-mata, em dois jogos importantes, para buscar os jogos da final”, projeta.

Diário do Pará, 04/02/2014