Artur Oliveira
Artur Oliveira

Se existe um torcedor apaixonado pelo Clube do Remo, ele se chama Artur Duarte de Oliveira. Sim, é o “rei” Artur! O ex-jogador e ex-treinador do Leão usa o Facebook para demonstrar diariamente seu amor pelo clube. Em semana de Re-Pa, o amor é demonstrado mais ainda. Além se ser ovacionado pela torcida azulina, Artur ainda opina sobre os jogos e compartilha seus momentos como torcedor.

“A minha passagem pelo Remo foi muito vitoriosa. Nunca foi tão certa uma escolha na minha vida como ir jogar no clube. Foi a primeira vez que saí de Rio Branco (AC), minha cidade natal, para jogar fora e acabei caindo no clube em que ganhei tudo como jogador. Como treinador, a última conquista do time foi sob meu comando”, lembra.

No clássico de domingo (16/02), Artur vai estar na torcida pelo seu clube do coração, mas no jogo de volta, que acontece no dia 23/02, ele avisa que ficará ainda mais próximo do time: no meio do Fenômeno Azul. “Estarei bem perto, torcendo pelo Remo”, conta.

O ex-jogador não consegue lembrar em quantos Re-Pa atuou como jogador, mas não soma nenhuma derrota para o Paysandu. “Como jogador, não perdi nenhum clássico, até porque fiquei apenas dois anos. Como treinador acho que disputei cinco, mas perdi apenas um”, disse.

Na opinião do ex-atleta, o clássico tem que ser encarado de uma maneira diferente. “Re-Pa é um campeonato à parte, é diferente. Como jogador era mais fácil, porque dentro de campo eu podia resolver, mas como treinador a situação complicava, porque estava de fora e só podia comandar e organizar os jogadores, não podia ir lá jogar”, comenta.

Até hoje é possível ver centenas de postagens de torcedores azulinos na conta do Facebook de Artur, muitos até de agradecimento. De fato, o ex-jogador virou o “Rei” e xodó do Fenômeno Azul. “O apelido começou na minha estreia no Remo, onde nós vencemos e fiz 2 gols. A torcida gritava: ‘Ei, ei, ei. Artur é nosso rei!’, aí ficou. Esse foi o apelido mais carinhoso que recebi e marcou a minha carreira”, lembra.

O “Rei” também é só elogios aos torcedores. “Não me canso de falar: o Clube do Remo foi muito especial na minha vida e a torcida mais ainda, mas quando digo que são especiais, é porque são mesmo. Para jogar um Re-Pa, o jogador precisa ter raça, só isso. Porque quando ele entra em campo e dá de cara com a torcida, maior motivação não há. Se o atleta está 100% não serve, tem que estar 120%. Tem que ir para cima, ir na dividida com o adversário, tem que passar por cima, sem violência é claro. Tem que disputar uma bola como se fosse um prato de comida”, opinou Artur.

“Essa torcida me ajudou muito como jogador, ela ajudava no meu rendimento em campo e honrei muito bem esse manto, o mais lindo que já vesti. Tive a oportunidade de jogar no Paysandu e decidi não ir, essa escolha foi certíssima também. Não poderia de maneira alguma trair essa nação que me acolheu. Acho que minha postura e a escolha de só jogar no Leão contribuiu muito por todo o carinho e idolatria que os torcedores azulinos têm por mim”, disse.

Diário do Pará, 12/02/2014