Agnaldo
Agnaldo

Jogando com uma equipe desfigurada, que tem como maior empecilho o jejum de 9 partidas sem vencer, o técnico interino Agnaldo de Jesus não teve como disfarçar o incômodo com o resultado. Mais uma vez, o Remo faltou em campo e nem mesmo a superioridade numérica na maior parte do segundo tempo, foi suficiente para dar a vitória que poderia levar um ânimo aos jogadores, às vésperas de mais um clássico Re-Pa.

“Nós trabalhamos para mudar essa situação. Só o trabalho pode recuperar o Remo. Agora, estamos atravessando um momento muito ruim. Quando não é o futebol, é a virose e aí as coisas ficam piores para quem trabalha no dia a dia no Baenão”, desabafou o técnico, que testemunhou novamente a equipe levar gol em bola alçada na área, desta vez do baixinho volante Boquinha.

“Falta de trabalho não é, mas também não vou sair colocando a culpa em ninguém. Se não tivermos atenção, não tem jeito. A bomba vai estourar. Sobre isso, vamos continuar trabalhando até quando o presidente Zeca Pirão nos queira no Remo”, enfatiza. Nesta semana, vários jogadores do grupo sofreram crises de viroses, incluindo o zagueiro Raphael Andrade, que deixou o gramado de jogo após a intensa movimentação.

Agnaldo ouviu dos torcedores inconformados algumas vaias, não direcionadas a ele, mas sim ao conjunto e dá razão para as críticas, ao mesmo tempo em que se isenta de parte da culpa. “Não tiro a razão do torcedor. Eles querem ver o time vencer, mas quero deixar claro que peguei o ‘barco andando’ e vou trabalhar com o que temos aqui”, concluiu.

Diário do Pará, 27/03/2014