Berg, Zé Antônio e Gerônimo
Berg, Zé Antônio e Gerônimo

O zagueiro Zé Antônio foi traído pelo pé no espaço de uma semana. No primeiro jogo da final da Taça Cidade de Belém, Zé Antônio salvou o Clube do Remo aos 46 minutos do segundo tempo, com um gol milagroso de empate. Mas no último domingo, os mesmos pés que marcaram, falharam. O defensor escorregou na área em momento fatídico, em que a bola era cruzada. Ficou fácil para o bicolor Raul mandar para dentro. O primeiro gol que, mais tarde, ajudaria na perda do título do primeiro turno.

O que todos querem saber é o que anda acontecendo com os pés dos azulinos nesse campeonato? Não foi a primeira vez que os escorregões atrapalharam o time do técnico Flávio Araújo. No mesmo lance em que Zé Antônio caiu, o goleiro Fabiano sofreu do mesmo mal. Algumas rodada antes, contra o Paragominas, foi a vez do volante Tony também escorregar quando não deveria. O Leão, outra vez, sofreu gol de bola alçada na área, anotado pelo artilheiro Aleílson, que pulou sozinho e sem marcação. O lateral-esquerdo Berg é outro que sempre escorrega nos jogos.

A explicação para essas quedas pode estar nos calçados dos jogadores. “Naquele momento, a chuteira me transformou em um vilão”, diz Zé Antônio, referindo-se ao tipo de chuteira que usava no lance em que caiu na final. “Eu particularmente não sei jogar com chuteiras de trava”, revela. Contudo, as condições climáticas do Parazão forçarão Zé Antônio a mudar de chuteira daqui para frente. “Vou ter que me adaptar a elas porque os campos estão muito feios e alagados por aqui, mas tem que fazer isso para essas quedas não repetirem”, conforma-se.

O outro zagueiro, Henrique, já joga com chuteiras de trava de alumínio, a melhor para enfrentar as particularidades únicas do Parazão. “Os meninos vêm de outros campeonatos, em que os campos não são tão encharcados e molhados quanto os daqui de Belém. Sempre gostei de jogar com chuteira de trava de alumínio que evita esses escorregões e dá estabilidade”, define.

Diário do Pará, 06/03/2013