Flávio Araújo
Flávio Araújo

Dentro de campo, o início do Parazão não poderia estar sendo melhor para o Remo: em cinco rodadas, cinco vitórias, a liderança isolada, a classificação garantida e as vantagens do primeiro lugar bem encaminhadas. Fora dele, principalmente depois da vitória sobre o Paysandu, a torcida azulina viveu dias de pura empolgação na última semana. Ainda assim, apesar de toda a atmosfera positiva que cerca o clube, o técnico Flávio Araújo pede cautela aos remistas.

Ele afirma que o time ainda está longe do ideal e ressalta que a conquista do título da Taça Cidade de Belém não será tão fácil como muitos imaginam. Segundo o treinador, os adversários também estão crescendo de produção na reta final do turno e a tendência é de uma fase decisiva muito bem disputada. “Estamos contentes com o bom início de campeonato, mas não podemos nos iludir. Nada vai ser fácil para o Remo na disputa deste título. Ainda vamos enfrentar muitos obstáculo antes de atingir os nossos principais objetivos”, alertou o treinador. “Precisamos manter o foco no campeonato e pensar em um jogo de cada vez”, complementou.

Apesar do discurso cauteloso, Araújo está muito satisfeito com a “boa fase” que a equipe atravessa e, embora considere o São Francisco, adversário de amanhã, como “perigoso”, está confiante num bom resultado. “O São Francisco só perdeu um jogo até agora no campeonato e vem de duas vitórias consecutivas. É um time muito ofensivo, que tem jogadores de frente velozes e de boa qualidade. Com certeza, vamos ter muitas dificuldades para superálos”, disse o técnico.

Flávio Araújo abordou também a possibilidade de alterar a forma de jogar de sua equipe a partir da entrada do meia-atacante Ramon, para dizer que não vê necessidade de mexer na estrutra tática que vem sendo utilizada desde a primeira rodada do Parazão. “Estamos tranquilos e satisfeitos com a evolução do time. No futebol não há certezas, mas no momento não estamos pensando em trocar o 3-5-2 para o 4-4-2”, declarou o comandante remista. “Com o grupo que montamos, é até possível modificar a formação tática durante os jogos sem nem mesmo ter que trocar os jogadores. Por isso, não vamos mudar o que está dando certo”, ressaltou.

O Liberal, 03/02/2013