Clube do Remo foi campeão brasileiro da Série C em 2005
Clube do Remo foi campeão brasileiro da Série C em 2005

O Clube do Remo comemora nesta terça-feira, 05/02, seu 108º aniversário de fundação. Dono de torcida imensa e apaixonada, o Leão Azul é uma das glórias do desporto paraense e uma de suas mais importantes instituições. O clube nasceu em 1905, criado por um grupo de jovens formado por Victor e Raul Engelhard, Eugênio Soares, Narciso Borges, José Henrique Danin, Vasco Abreu e Eduardo Cruz, como dissidência do Esporte Clube do Pará.

Em 15/08/1911, o Grupo deu origem ao Clube do Remo. Ao longo de sua história, a agremiação acumulou conquistas e glórias em diversas modalidades esportivas. No futebol, inúmeros jogadores talentosos vestiram a camisa azulina. Jorge de Castro, China, François, Ribeiro, Rubilota, Rosemiro, Dico, Alcino, Edson Cimento, Mesquita, Bira, Aderson, Belterra, Artur, Aranha, Dutra, Pagani, Mendes, Geovani, Luiz Müller e outros. A diretoria do clube organizou uma programação interna para celebrar a data.

Sua primeira partida foi também sua primeira vitória, 4 a 1 contra a União Esportiva, no dia 14/07/1913. Um dos maiores feitos do time foi o tricampeonato do Campeonato do Norte (1968, 1969 e 1971). Em 1972, entrou para a história do futebol nacional ao ser o primeiro time do Pará a disputar o Campeonato Brasileiro.

Três anos depois, venceu uma partida histórica no Maracanã. Segundo o historiador Orlando Ruffel, o dia 25/10/1975 é um dos mais marcantes na história do clube. O Leão foi ao Rio de Janeiro enfrentar um time ainda em formação, que mais tarde conquistaria o primeiro de seus seis títulos brasileiros. O Flamengo (RJ) tinha Zico, Júnior, Rondinelli e Rodrigues Neto, entre outros. O Remo tinha Mesquita e Alcino, os autores dos gols da vitória de 2 a 1, em pleno Maracanã. Zico fez pelo Flamengo.

Outro momento histórico foi no dia 29/04/1965. Em uma partida amistosa contra o Santos (SP), no estádio Evandro Almeida, o Baenão, a torcida e o clube ganharam um presente que ficou para sempre na vida de todos. Pelé, o maior jogador de todos os tempos, entrou em campo com um buquê de flores e vestindo a camisa azulina do Remo, para delírio absoluto dos presentes no palco. O resultado: 9 a 4 para o Peixe, com cinco gols do Rei. Porém, nesse dia o placar pouco importava.

Em 1968, mais um amistoso marcante no Baenão. O Benfica, de Portugal, que tinha uma constelação liderada pelo craque Eusébio, veio ao Brasil para um amistoso contra o Remo. Com Amoroso marcando pelo Leão e Torres pelo Benfica, as equipes ficaram no 1 a 1.

O título da Série C no centenário azulino

O Remo sagrou-se Campeão Brasileiro da Série C em 2005 após passar por América (RN), Ipatinga (MG) e Novo Hamburgo (RS) no quadrangular final daquele ano. A equipe de Belém entrou em campo na última partida diante do Novo Hamburgo com a seguinte formação: Rafael; Marquinhos, Magrão, Carlinhos e Eduardo (Sérgio); Márcio, Serginho, Maurílio e Geraldo (Capitão); Landu e Douglas Richard (Aílton). O treinador era Roberval Davino.

Disputaram aquele campeonato 63 clubes, que totalizaram 697 gols em 254 jogos, com uma média de 2,74 gols por partida. O artilheiro da competição foi Paulinho Marília, do América (RN), com 10 gols.

A torcida remista recebeu o apelido de “Fenômeno Azul” após a brilhante média de público durante a campanha da Série C em 2005. A nação azulina obteve a excelente média de 30 869 torcedores por jogo, superando equipes como Corinthians (SP) e Flamengo (RJ), havendo jogos em que mais de 40 mil pessoas estavam presentes no Mangueirão. O apelido foi dado pelo repórter da Rádio Clube do Pará, Paulo Caxiado que faz a cobertura do dia-a-dia do Remo.

Diário Online, 05/02/2013