Paragominas 3x1 Remo
Paragominas 3x1 Remo

Sabia-se que a final de ontem seria muito complicada para o Remo. O Paragominas só precisava devolver a derrota no jogo de ida, quarta-feira passada, no Mangueirão (1 a 0), para conquistar a Taça Estado do Pará, na Arena Verde. O que ninguém esperava era ver um Remo novamente apático, sem brio e com os mesmos erros da primeira partida da decisão. Assim, ficou fácil para o Jacaré do Norte fazer 3 a 1 no segundo tempo e comemorar sua classificação para a decisão do Parazão e a vaga na Série D ao som de “olé” dos torcedores que lotaram o estádio.

O mais preocupante a partir de agora não é saber como o Remo perdeu o título dentro do gramado, mas sim descobrir como o clube vai se virar até o final do ano, sem a possibilidade de disputar uma competição oficial no segundo semestre. Fato que ocorrerá pela terceira vez na história do clube, repetindo o longo e monótono ostracismo vivido em 2009 e 2011.

A partir de hoje, o presidente Sérgio Cabeça e sua diretoria terão que tratar do desmanche do elenco atual e da demissão do treinador Flávio Araújo e sua comissão técnica. O mais difícil, como sempre, vai ser negociar os distratos com os atletas que possuem contratos mais longos, como Fabiano, Val Barreto e Leandro Cearense. Outros devem permanecer, mesmo contrariando o desejo da torcida remista, como é o caso do meia-atacante Ramon, que por ter sido uma aposta da direção do clube, assinou vínculo até o final de 2014.

Os prejuízos serão inevitáveis, o que deve tornar ainda mais complicado a formação de um novo elenco para a próxima temporada. Como todos os azulinos já estão cansados de ouvir, a velha ladainha – de valorizar as divisões de base, de montar um time com os pés no chão, de firmar parcerias com grandes grupos empresariais e de fazer investimentos pontuais no patrimônio do clube continuará – a ser entoada pelos quatro cantos do Baenão.

Enquanto isso, as eleições diretas para a presidência e a tão debatida reforma estatutária continuam a ser proteladas pelos “velhos donos” do clube, em detrimento da modernidade e do profissionalismo que parecem já ter chegado aos clubes do interior paraense. Valores que ainda passam longe da sede social da avenida Nazaré. Assim o Leão, a cada dia que passa, caminha mais e mais para a mediocridade.

Amazônia, 06/05/2013

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