Ramon
Ramon

Josy, Edilsinho, Thiago Galhardo. As atuações fracas dos atletas de meio-campo do Clube do Remo em grande parte do primeiro turno fez a diretoria tomar uma atitude: contratar mais dois meias para tentar resolver o problema. Eis que em meados de março, mais dois chegam ao Baenão: Diogo Capela e Clebson. Vieram, mas também não conseguiram curar o grande mal do time azulino de 2013: falta de eficiência no setor de meio-campo.

“Foi o setor que a gente mais fez modificações. Quando uma equipe tem um setor assim, é porque, realmente, na prática ainda não encontramos o ponto ideal. Ou seja, às vezes, eles têm atuações boas, outras nem tanto”, admite o próprio técnico Flávio Araújo.

O problema vem se arrastando desde o Parazão do ano passado, na equipe formada pelo então técnico Sinomar Naves. Sem criatividade no principal setor do time, o Remo não vem conseguindo seus objetivos. Ano passado, perdeu o Estadual nos minutos finais. Esse ano, não ganhou o primeiro turno e foi eliminado recentemente da Copa do Brasil, na última quarta-feira, pelo Flamengo (RJ).

Aliás, na partida contra o time carioca, continuou nítido que o time sente a ausência de um articulador. Os zagueiros chutavam da defesa para o ataque na esperança de alguns dos atacantes receberem a bola. Os atacantes, por sua vez, iam para as laterais, meio de campo e até para a própria defesa, buscando fazer algo.

“É o setor de inteligência de qualquer equipe. Infelizmente, os nossos meias vivem uma fase ruim”, analisa Henrique, que vê o problema sobrar até para ele. “Às vezes, quando não temos que isolar, até por ordem do professor Flávio, a gente tem que fazer isso (lançamento direto) tentando encontrar os atacantes lá na frente”, revela o defensor.

O que mais se aproximou de tentar resolver o problema foi Thiago Galhardo. Conseguiu fazer boas apresentações nos primeiros jogos, contudo, com o passar do tempo, percebe-se que seu futebol assemelhava mais a de um meia-atacante, mais próximo dos homens do setor ofensivo, do que, de fato, um meia-armador.

Para o jogo decisivo de hoje, Galhardo nem relacionado foi e para a surpresa de todos, o polêmico Ramon deve pintar na área. Seré um dos jogadores mais criticados da equipe no setor mais problemático. A combinação dará certo? Ramon, depois de sofrer com a imagem de um jogador “chinelinho” e farrista, garante que mostrará seu futebol. Chegou a hora dele? Só no fim da noite de hoje, saberemos…

Diário do Pará, 20/04/2013